O QUE PRECISA SER EXTINTO E O QUE DEVE SER PRESERVADO

Por um motivo muito nobre precisei dar um pulinho logo ali. Fui sozinho, pois tenho encomendas para trazer para Beli e o carro precisa de espaço para isso.
Pouco antes de Piranga vi uma cena e não parei. Logo me arrependi. 
Eu já lhe mostrei várias vezes essa cidade histórica, que foi organizada a partir de um povoado, por volta do ano  de 1700, no ciclo do ouro.
Mas na saída da cidade me deparei com a mesma cena, com outros personagens. Agora eu paro.
No site da Prefeitura a gente lê: 
Dos 15 casos  suspeitos de Febre Amarela em Piranga, três casos já foram confirmados em laboratório. Se você não foi vacinado procure uma Unidade de Saúde o mais rápido possível. O município se encontra em ESTADO DE EMERGÊNCIA!


Essa e a outra equipe, antes da cidade, são professoras e servidoras da área de educação de Piranga, que enquanto descansam nas férias, vêm prestar
esse serviço de apoio à erradicação da febre amarela.
O motorista Daniel, de BH,  logo se interessou. Ele acha  que foi vacinado, mas tem isso mais de 10 anos. Então é melhor tomar agora. 
Vá lá, Daniel! Agora sem riscos, pelo menos depois de 10 dias. Até lá, use repelente.
Agora a gente volta ao título da matéria. Febre amarela precisa acabar e ser mantido esse espírito de serviço comunitário, que trouxe essas sorridentes professoras para o asfalto. Qual a recompensa disso? Só mesmo o sentimento de ser um agente transformador, o mesmo que as leva às salas de aula, com muitas incompreensões de pais, gestores públicos, que lhes pagam baixos salários, não promovem concursos públicos e com isso ficam sujeitas às tensões se terão ou não emprego no ano que começa, quando não efetivas. Repito que educação deveria ser tratada, no Brasil, como tratam futebol e carnaval. Galo!
Um pit stop em Conselheiro Lafaiete, onde minha vida profissional começou. Deu branco e esqueci de registrar o almoço na casa dos superamigos Gérson e Luíza.
São proprietários dessa clínica. Quando chegamos em CL Mírian veio trabalhar aqui, como psicóloga.
Nessa sala um menino daquela época.
Agora Dr. Fabrício, médico psiquiatra. Ele faz muitas palestras e é autor de livros. Geralmente seu tema é "espiritualidade". Legal isso para um profissional tão novo, né? Tá marcando uma viagem para Belisário. Os pais e seus filhos já estiveram lá.
Esta visita não poderia deixar de fazer. O grande amigo Luiz Cerqueira e a esposa Clélia.
Ela está de cama om problemas no pé. A nossa conversa se deu na cama, quer dizer, ela deitada e eu sentado na cadeira ao lado. 
Então vai uma foto de arquivo. São pessoas muito queridas. Ele era diretor da Escola Profissional da Rede Ferroviária, no nosso tempo aqui, também na ferrovia.

Claro que eu não iria passar direto. Estacionei o carro e fui dar uma volta ao passado. Minha primeira morada aqui, recém casado, foi pertinho daquela casa verde, da ferrovia, lá no fundo. Vou caminhar até lá. A rua foi fechada e um viaduto e passarela foram construídos.
A casa está aí. Bianca e Clebinho deram aqui seus primeiros passos. André já foi em outra casa, também da RFFSA.

É isso aí. Fora febre amarela e o desrespeito à educação! Que se preserve o espírito de solidariedade, de dedicação às causas comunitárias e as boas amizades.

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