Em Salvador, ou SSA, não precisa falar em rua, número e o CEP só serve mesmo pro carteiro. Falou o prédio e o bairro e tá identificado. André morava do Príncipe de Gales, na Cidade Jardim, agora no Rosa Fingergut, no Horto. Mais claro impossível.
Pois foi nesse domingo a festa de confraternização do condomínio, que tem quase a metade da população urbana de Belisário.
As mulheres ficam num lado do salão...
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E os homens do outro.
Um deles silencioso e o outro muito ruidoso. |
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As crianças estão na área dos fundos, entregue aos recreadores.
Alice sim. Gui não quis entrar nessa.
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Em Salvador não existe festa mais ou menos. Tudo é feito em alto nível. Um grupo de pagode foi contratado para animar o ambiente. E como animou. Além do pagode, samba e muito axé music. |
Aí você me pergunta: o que que a baiana tem? Vá vendo aí.
Do outro lado os homens só na cerveja.
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E um tira gosto na mesma linha do menu do almoço. |
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Passa negão
Passa neguinha
Quero ver você passar
Por debaixo da cordinha
Passa negão
Passa loirinha
Quero ver você passar
Por debaixo da cordinha
(É o Tchan)
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Vai, vai, vai
Baixando
Vai, vai, vai
Passando
Vai, vai, vai
Que eu também vou
Essa aí passou!
Essa aí passou!
Essa aí passou!
(É o Tchan)
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O filho de Rose estuda Medicina em Minas, na cidade de Montes Claros. |
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Vilson me desafiou quanto à cachaça. Diz ele que essa de Santa Catarina não tem semelhante em Minas, nem em Salinas. Ele não conhece as produzidas em Belisário e a Água da Mata, do Primo José Sigiliano. |
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O almoço vai ser lá pelas 16 horas. Isso também é uma prática em Salvador. |
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Parece que o grupo musical não agradou essa mocinha. |
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E a galera feminina não sossega. Time quase completo. |
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Tava faltando a representação de Belisário. Minerim bobo prefere ficar no lado das muié. |
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Ou tirando fotos com as baianas bonitas.
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E o fogo não baixa. |
Eu falei Faraó
Êeeh Faraó!
Clamo Olodum Pelourinho
Êee Faraó!
Pirâmide, a base do Egito
Êee Faraó!
Clamo Olodum Pelourinho
Êee Faraó!
(Olodum)
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A criançada começa a ficar ouriçada. |
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Que foi, Alice? |
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Os olhos arregalam. |
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É o Papai Noel adentrando o salão, vindo diretamente da Lapônia. Deve estar estranhando o clima. |
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Ho ho ho... |
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O pobre velhinho está de saco cheio. |
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Lembrou-se de todas as crianças presentes na festa. |
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Nunca vi um Papai Noel tão realista como esse. A garotada tocava na pele pra ver ser era real, na barba... |
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Todos vão sendo chamados. |
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Esse parece que adora o bom velhinho. |
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Nem tanto. |
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Poema é vizinha de porta. |
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Quem é? Papai Noel? |
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Gosto não. |
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Esse de amarelo ficou de papagaio de pirata em quase todas as fotos. |
Gui também foi lembrado, é claro.
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Théo é irmão de Poema portanto, vizinho de porta. |
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Olha o papagaio e pirata aí. |
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Todas as crianças ganharam livros de presente. |
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Já no final da tarde temos uma feijoada para encarar. |
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Alice também não quis saber do velhinho. Agora resolveu ficar de boa com ele. |
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Bonitas famílias. |
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Os maridos querem celebrar essa tarde homenageando àquelas que lhes foram parceiras em todos os bons momentos de 2017: as garrafas de cerveja, uísque e pinga. E não poupam nem o bom velhinho, herói das crianças, que entra na farra dos marmanjos. |
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Na verdade ele precisa se sujeitar a tudo. Na próxima semana estará sem emprego e com a Lei da Terceirização nada impede que se deixe de contratar, daqui por diante, profissionais vindos da Lapônia, optando-se por velhinhos aqui da Baixa do Sapateiro. |
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