PARTIU JF: RECORDAR É VIVER.

A gente estava em contagem regressiva, lembra disso? Pois, partimos sexta cedo de Beli. Uma passagem no sítio da Família Calais para pegar as famosas broinhas de fubá na palha de milho, e biscoitos de polvilho da D. Jozina. Neli preparou pra gente.
E voltamos para a estrada Belisário-Itamuri. Olha a elegância dessa menina da porteira. Um trocado pra ela vai ser pouco. Talvez um cartão de crédito corporativo, sem limite.
Vamos deixar a BR 116 em Leopoldina.
Mas programamos uma parada aqui para almoço. De novo fora da estrada.
O lugar é muito agradável.
Com preço do buffet reduzidíssimo, com direito a essa área de lazer.
Mas temos pressa de chegar em JF. Uma intensa programação nos espera.
O público com quem vamos nos encontrar e os que irão ler a matéria por esse Brasil a fora tem ótimas lembranças desse cruzamento da Rua Batista de Oliveira com Independência.
E toda essa região.
Fizemos uma visita a amigos no São Pedro, recordando os bons tempos na Engenharia na UFJF e no final da tarde entramos na programaçãop que nos levou a fazer essa viagem. O Instituto Granbery da Igreja Metodista nos esperava.
Mais precisamente aqui, na Associação de Ex-Alunos. O primo, Dr. Janir, já estava lá na porta.
Um café fora programado aqui, para a turma ir entrando no clima de comemoração de 128 anos de fundação do Colégio, hoje também faculdade. Alguns ex-alunos já chegaram e outros ainda virão.
O Professor André Araújo de Oliveira, reitor interino, estava lá. Na foto, batendo o sino que é um dos símbolos da instituição, pois ele regulava a vida dos internos, horário das aulas e era uma referência também para a vizinhança.

Quem entra aqui tem de dar uma batidinha, né Maria Helena?
Taís recepciona muito bem aos que aqui entram. Lembra das coisinhas que comprei lá em Belisário? Pois irão integrar o lanche que será servido.

Denir Machado, na exterma esquerda, é a presidente da Associação Granberyense. Françoise, de preto, faz parte da equipe organizadora da turma ANOS DOURADOS, que envolve ex-alunos das décadas de 70 e 80.
Esse quadro nas mãos de Maria Helena mostram duas fotos do local onde o Granbery viria a ser construído, na Batista de Oliveira 1145. Isso é datado de um período do império. Ainda não havia sido construído o prédio do Colégio.
Esse gabinete procura retratar a sala do reitor Walter Harvey Moore, o famoso Mister Moore, que dirigiu o Granbery nos períodos de 1922-1933 / 1934-1943 / 1951-1956. Ele é um mito nessa "Casa" e mesmo na cidade de JF, onde tem  o seu nome numa rua no centro e também num shopping center. Ele faz parte da história de vida de milhares de pessoas, inclusive da minha, ao receber na década e 40 o jovem Celsino Paradela, que decidiu sair da roça para se dedicar ao pastorado na Igreja Metodista e veio a ser meu pai.

Uniformes do Colégio ao longo dos anos.
Da sacada vê-se o antigo "campo das moças", usado naquela época em que os espaços eram segregados por gênero. A área foi vendida e ai construído um prédio. Joguei muita bola aqui na época de internato.
Mais gente chegando.
Agora Sylvana Zein que veio de Piracicaba, onde auxilia Suzana Maia na coordenação do Núcleo Sudeste de SP,  da Associação Granberyense. Ela é viúva do Professor Elias Boaventura, o "Trombone" para os granberyenses como ele, também um mito na educação metodista nacional. Mas o assunto delas são os netinhos.
Minha irmã Cibele e Isaías Laval. Ela veio do Rio e ele de SP.
Outro expoente do rol de ex-alunos: o ex-presidente Itamar Franco.
Dirceu Machado, ex-aluno brilhante, doutor em Engenharia. Amante de cavalos, é proprietário do Haras Nagladir, em Bicas. Faturou muitos prêmios no último concurso em Muriaé. 
Investir em esportes sempre foi uma das  marcas do Granbery.
O seu  irmão Glaciomar  também é ex-aluno.
Vamos registrando.
Fomos dar uma volta pelo Colégio, com Cibele. Opa! A Professora Velaine foi da época de Mirian aqui no Granbery. Caramba, se passaram  cerca de 24 anos que nós saímos de JF para Salvador, quando Mirian se desligou daqui.
No segundo andar, o Salão Nobre, ainda interditado aguardando reformas. Muitas histórias nas assembleias que ali aconteciam. O Colégio parava as suas atividades TODOS OS DIAS para alguns minutos de reflexão de cunho espiritual, ético, cívico... Quem passou por isso teve a sua vida marcada. Na minha geração, final dos anos 60, Dr. Agenor Pereira de Andrade e o Professor Nilo Ayupe foram os expoentes.
Aquele sino ficava pendurado aqui. Da cozinha ele era acionado.
Prédio do Primário. Muitas lembranças da Professora Maria Helena Campos Lima, outro mito do Granbery, com quem tive o privilégio de conviver na Igreja Metodista Central, junto com  seu marido, meu primo, doutor Dálcio Toledo Lima.
Muitas histórias para muitos também nesse pátio de recreio.
A substituta da árvore que também era um símbolo do Colégio. A original foi cortada, após ser contaminada por uma praga.
crescit occulto velut arbo aevoque traduzido do latim significa: "cresce oculto como uma árvore silenciosa". Essa deve ser a meta de um granberyense.
Aqui sala de estudos dos internos. Como bolsista, eu era  monitor dos alunos mais novos. Era também a famosa sala 18, onde os transgressores de normas cumpriam castigo.
Hoje biblioteca, ontem cantina. No meu primeiro ano de Engenharia trabalhei aqui à noite.
Cibele quer que eu mostre tudo. Vamos subir para onde funcionava o internato.
Posto médico. Na minha época sala do Dr. Aldemir Negrão. Parece-me que de D. Marta para os mais antigos. Lembra que o Sr. Jairo Giron morava com a família lá no fundo? Coitado: enfrentava toda aquela turma barra pesada do internato.
Esse era o andar dos menores em regime de internato. Vamos para o andar dos maiores.
Os banheiros do segundo andar praticamente nada mudou


Aqui era feita uma grande sacanagem. Um debaixo do chuveiro e um outro, às vezes, pressionando para entrar, pois iria bater o sino pro jantar. Quem saía, rapidamente fechava a torneira fria e o outro entrava correndo. Recebia um baita jato de água pelando, super aquecida pelas serpentinas que passavam pelo fogão à lenha.
Antigamente aqui era o refeitório. Era palco de desavenças quando a carne não era individualizada, como bifes, almôndegas, pedaços de frango... Cada mesa tinha critério, geralmente de rodízio dos pratos principais, sendo cada dia um que começava. Quando era boi ralado, por exemplo, ficava de acordo com a consciência de cada um. O sacana poderia até despejar toda a carne em seu prato e deixar os seguintes sem nada. Depois vinha o troco. 
Aqui a escada de subida para a torre, onde se fixam até  hoje as bandeiras. Alguns estudantes mais prestigiados poderiam dormir nas duas camas, nesse local mais reservado. Geralmente, monitores mais velhos. Meu irmão Celso gozou desse privilégio, quando estudava Engenharia e era professor aqui.
Cibele foi ver se a porta estava aberta. Claro que não.
Entrada do auditório.
Veja que beleza de vista para a piscina.
Escada de acesso ao auditório.
Quem se lembra dessa placa na escada.?
Já de volta ao andar térreo. "Sala das moças", depois sala dos professores.
Aqui era a entrada do Colégio, pela Rua Batista de Oliveira. Hoje é pela Sampaio.
Galeria de Reitores
Com ele tudo começou: Mister Lander.
Nota-se a efervescência do Granbery, que atravessa um ótimo momento.

Estamos saindo, mas voltamos  daqui a pouco. Tem um evento muito interessante. Vamos mostrar tudo. As próximas matérias serão aqui.

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