VISITANDO A CASA DO JAPÃO

De trem e metrô Mirian e eu fomos, nessa tarde de terça, na agradável Avenida Paulista, onde se concentra boa parte do PIB nacional, já que aqui estão as matrizes de grandes empresas e bancos do país.
Este endereço nos é marcante. Aqui recebemos a nossa primeira netinha Luisa em 5 de setembro de 2006.
Aqui é o nosso destino.
Não é uma exposição em um espaço temporário, como eu mesmo pensava. Aqui foram investidos muitos milhões por parte do governo japonês, na construção desse prédio de 3 andares, no início da chique Avenida Paulista, com uma fachada totalmente diferente de tudo no entorno, com ripas encaixadas, no estilo dos templos budistas.
O centro cultural mostra tanto tradições e práticas do Japão de ontem bem como a arte contemporânea daquele país, sua gastronomia e um pouco da tecnologia do país oriental.
A mostra Bambu-Histórias de um Japão tem cerca de cinquenta peças feitas com a planta. Lá aprendi que há pelo menos 6.000 usos catalogados para o bambu, desde instrumentos de caça até utensílios de cozinha... 
Essas visitas têm um grande alcance para os visitantes. Nunca havia percebido a forte ligação entre o Japão e o bambu. Ali descobri que foi num tipo especial de bambu japonês que Thomas Edison foi buscar o filamento da lâmpada elétrica que ele criou, bem como Santos Dumont foi nele buscar a armação de seu 14 Bis. Por isso o bambu é o símbolo do Japão, assim como a águia dos Estados Unidos, a folha de maple do Canadá, o urso símbolo da Rússia e o canguru da Austrália.
Confira ai.
O chá tem tudo a ver com a serenidade desse povo.
Também do bambu os instrumentos para a tradicional cerimônia do chá.
O hashi ao longo dos anos. É o pauzinho para pacientemente o japonês levar a comida à boca. Nós usamos o garfo e alguns a colher, para a refeição acabar logo. Eu mesmo preciso aprender a comer com os japoneses.
Utensílios de casa, a partir do bambu.
Cesta para colocar peixes, outra para frutas, para lavar e guardar o arroz...
Vamos assistir isso.
Sem sapatos, como manda a tradição nipônica.
E relaxadamente, o público faz isso deitado no chão.
A projeção se dá no teto. Muito suave, terna e reflexiva.
Olhe a armação do 14 Bis.
Veja se esse sapato não tem sentido.
A porcelana japonesa é famosa.
Tudo isso é feito de bambu.
Um pouco do Japão moderno.
Um braço robótico para ajudar nas atividades humanas.
Também interessantes estes copos super finos. Leia abaixo.
Na tela projeção de um vídeo mostrando idosos produzindo fibras de caule de bananeira, para artesanato.
Essa obra de arte ao fundo é a mais marcante da exposição.
Para os mais curiosos veja a amarração.
Um vídeo mostra a sua montagem, feita por um artista famoso, que destaca na sua entrevista que todas as varetas são reaproveitadas em outras obras, após o desmonte da obra. É uma forma de respeito à natureza, segundo ele.
Mais artesanato de bambu.
A Japan House tem 2.500 metros quadrados, com espaços para mostras de arte, biblioteca, lojas, restaurante, cafeteria, auditório, salas para reuniões comerciais e workshops de assuntos diversos relacionados à nação asiática, de medicina a sustentabilidade. (http://vejasp.abril.com.br/cultura-lazer/japan-house-centro-cultural-avenida-paulista/).
O ano de 2018 será marcante já que haverá a celebração dos 110 anos da chegada da primeira leva de japoneses por aqui. O marco foi o desembarque em Santos de 781 passageiros do navio Kasato Maru, em 18 de junho de 1908, após 51 dias no mar. 
De volta pra casa.

Comentários

  1. Como comentar essa matéria? Qualquer palavra será insuficiente para expressar a emoção de ver a beleza de uma mostra assim... Parabéns, Cléber e Mirian, vocês me levaram até o Japão.
    "Doma arigatô " !

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