UMA TARDE DE CAMPO. MUITO SHOW!

Fomos, na tarde de quarta, dar uns giros por dois locais muito interessantes, que certamente podem despertar interesse nas pessoas. Quem conhece gosta.
Só de ver uma água correndo solta numa mangueira, para mim, já é um atrativo grande.
Estamos na propriedade de Sr. Cristóvão e D.Josina, aquela produtora de doces e broinha na palha.  Ela estava fazendo curso em Muriaé., mas fomos muito bem recebidos pelo filho Ivan, que produz as mesmas coisas gostosas com ela. 
Eu já conheço o lugar, mas os amigos Shoji e Solange ainda não, e gostam do que vêem. Nessa estufa...
... é fabricado polvilho de araruta, para fazer brevidades, biscoito de polvilho...
A araruta é colhida aqui na propriedade. Tudo aqui é feito com frutos locais.
Água, flores e frutos abundam por aqui.
O feijão não foi muito. Somente para o consumo da família.
O milho tem esse destino. Um moinho de água pra fazer fubá e canjiquinha.
Olha que beleza de tachos!
Mais fogão pra fazer melado, que é vendido em garrafas e também como adoçante das broinhas. Também no fabrico de rapadura.  Você já tomou café com melado?
A cana, colhida aqui, passa por esse engenho elétrico. Poderia ser movido a tração animal.
Você conhece graviola? Adoro sorvete dessa fruta.
Mamão vai para o doce ou passarinho.
Outra novidade está sendo colhida por Ivan.
Isso é açafrão, uma especiaria usada em peixes, galinhadas, massas etc.
Saímos de lá para outro lugar bonito. Aqui a propriedade de Faustino e Lurdinha. Não vamos parar dessa vez. Daqui sai a  verdura orgânica que Caio vai entregar lá em casa.
Chegamos na Fazenda da Ribada I
Luzia é colaboradora aqui. Fornecem muita mandioca e, principalmente, já descascada.
Outra produção em boa escala: palmito pupunha.
Banana prata.
As cascas vão para a fabricação de ração.
Depois vamos entrar nessa estufa.

Vamos subir para encontrar o proprietário.
Para aqui as pessoas da região  trazem o boi para pesagem.


A lua apressadinha já aparece antes do sol sair.
O café aqui é especial.
O proprietário chegou. José Calais é um produtor rural de alto espírito empreendedor. É uma referência para todos.
A seu convite fizemos um excelente programa. Subimos na carroceria do seu Fiat Strada para rodar a propriedade.
Olha a altitude que alcançamos!

Aqui uma plantação de café orgânico.
Em cada parada uma aula.
Um café homogêneo e colhido na hora certa "dá bebida". Isso significa uma maior valorização na venda.
Em sua mão o capim braquiara. De inegável valor para a pecuária brasileira pois apresenta alta produtividade, pelo seu valor nutritivo e abafamento de “invasoras” de pasto. Mas virou um enorme problema para a vegetação nativa de Cerrado, e com potencial de se tornar seu exterminador. 
Ela compete com o desenvolvimento das gramíneas nativas e sufoca o desenvolvimento dos campos nativos e ainda impermeabiliza o solo, levando toda a água de chuva impedindo a  absorção.

Olha a nossa altura.
O sol já se põe e o frio começa a cair.
Segundo Calais, o pé deve ficar limpo para fazer respirar as raízes do palmito.
Parte de sua plantação de mandioca...
Agora a estufa para secar café. Uma secagem bem feita é outro fator importante para se obter um café classificado.
Agora o encerramento da visita. O amigo Zé Calais limpando os palmitos que compramos... 
...  junto com o seu café de qualidade, e os doces que ele produz. 
Você gostaria de fazer esse programa? Então junte o seu grupo e venha a Belisário.

Comentários

  1. Braquiárias/Brachiaria.
    Existem pelo menos 4 espécies diferentes no gênero Brachiaria. As mais conhecidas em nossa região são Brachiaria brizantha, (braquiarão) e a Brachiaria decumbens, (braquiarinha), às vezes chamada de braquiária de morro. O braquiarão é mais palatável ao gado, apresenta maiores rendimentos, responde bem à adubação e cresce em touceiras. Plantas que crescem em touceiras, "escondem" a erosão. Já a braquiarinha se fixa no solo através de estolhos (ou estólons) que são os "gomos" existentes entre os "nós", comuns a todas as gramíneas e facilmente identificáveis na cana, no milho e nos bambus. Em cada um dos "nós" existentes nas extremidades dos estolhos, a braquirinha emite raízes que a fixam ao solo com muita firmeza. Como é do conhecimento geral, as gramíneas têm raízes fasciculadas ("cabeleira"). Sabendo que a braquirinha emite raízes em cada um dos "nós", podemos imaginar a intensidade da "cabeleira" numa pastagem dessa forrageira. Não me lembro de ter lido nenhum trabalho científico nesse sentido, mas eu acho (repito, eu acho e não afirmo) que esse intenso e vigoroso sistema radicular contribui muito para a infiltração das águas e não para impermeabilização do solo. E não podemos esquecer, que o constante pisoteio dos animais provoca a compactação do solo. Esse sim é um impedidtivo da infiltração das águas da chuva. Vou estudar o assunto

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