QUINTA-FEIRA SANTA EMBELISARIO

Fomos na Matriz de Santo Antônio. Explicou o Frei Gilberto ser a noite de quinta o início do Tríduo Pascal, cuja ideia é a de preparação para a data magna do cristianismo, a Páscoa, no Domingo da Ressurreição. 
Como sempre o templo estava lotado
Leituras bíblicas diversas, feitas por leigos.
E olha o tamanho desse pandeirista, que bate rigorosamente dentro do ritmo. É Ravi, filho de Silvan Vital também integrante desse grupo. Já mostramos aqui esse baixinho cantando calango com o pai.
O restante do grupo da música.
Frei Gilberto destaca que essa noite a ênfase da celebração estará na Eucaristia o ato instituído por Jesus, pouco antes de ser preso. Ele declara que forças reacionárias passadas, da Igreja Católica, presas ao legalismo, exigia que a pessoa estivesse em perfeita comunhão com Deus para participar desse ato. Ao contrário, declara ele, a pessoa em pecado, mas que sinceramente quer se libertar deste, deve participar da Eucaristia, para receber forças para isso.
Nas regiões empoeiradas era prática da boa hospitalidade das civilizações antigas, principalmente onde as pessoas usavam sandálias abertas, o anfitrião, ao receber um hóspede, providenciar uma vasilha com água e um servo para lavar os seus pés.

Possivelmente, dentro desse espírito a liturgia da Igreja Católica e de algumas outras poucas igrejas cristãs, há o rito do lava-pés. Isso também é bíblico. Está lá em João 13:

"Assim, levantou Jesus da mesa, tirou sua capa e colocou uma toalha em volta da cintura. Depois disso, derramou água numa bacia e começou a lavar os pés dos seus discípulos, enxugando-os com a toalha que estava em sua cintura.
Quando terminou de lavar-lhes os pés, Jesus tornou a vestir sua capa e voltou ao seu lugar. Então lhes perguntou: "Vocês entendem o que lhes fiz?
Vocês me chamam ‘Mestre’ e ‘Senhor’, e com razão, pois eu o sou. Pois bem, se eu, sendo Senhor e Mestre de vocês, lavei-lhes os pés, vocês também devem lavar os pés uns dos outros."

Pois essa cerimônia vai começar. Como se sabe o lema da Campanha da Fraternidade está voltado para o cuidado para com a "casa comum" e trata muito do saneamento básico, da limpeza urbana. Dentro desse espírito a Paróquia escolheu os responsáveis pela limpeza das ruas de Belisário para serem os protagonistas desse cerimônia. Também os que cuidam da limpeza do templo. 
Sr. Manezinho aquele artesão de taquaruçu que você já conheceu, trabalhou por 30 anos nessa função. Mesmo aposentado terá os seus pés lavados pelo Frei Gilberto
Ele vai lavar os pés de "Carioca", que entra alcoolizado no templo e senta na cadeira para ter seus pés lavados, mesmo fora da programação. Claro que será atendido.
E ele também lava os pés de outra pessoa. 
Beata é zelosa para com a limpeza do templo.
Ela lava os pés de Aparecida.
Aparecida lava os pés do Sr. Olímpio ...
... e também lava os pés de Norma.
Norma lava os pés de Lúcia.
... que lava os pés de Selma.
Ela lava os pés de  Tainá.
... que  lava os pés de Ivânia...
... que lava os pés de Aparecida.
Antônio tem seus pés lavados por ela.
E ele  lava os pés de Paulinho de Laia.

O lava-pés é uma belíssima lição de humildade que precisa ser praticada pelos cristãos, na liturgia e, principalmente, no dia a dia.

Vamos ver quem estava lá?
Os elementos da Eucaristia estão entrando na celebração.
As próximas matérias ainda estarão focadas mas celebrações cúlticas da Semana Santa. Nós estamos em Minas, onde a religiosidade é um estilo de vida.

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