AINDA VOLTANDO AO PASSADO, COM UM TOQUE DE CULTURA.

O aniversário de 90 anos do amigo Professor Luiz Cerqueira, no sábado, o retorno ao passado no domingo pela manhã, por caminhos ferroviários, a parada para almoço na BR 040. e agora vamos continuar nossa jornada.
Vamos entrar à direita. talvez você já conheça Congonhas, mas tem algo aqui que você ainda não viu.
Ainda um pouco de nostalgia. esse viaduto me traz lembranças. Ele era estreito o que impedia ônibus e caminhões chegarem até a Basílica, lá no alto. Em parceria com a prefeitura começamos obras de alargamento e colocação dessa estrutura metálica maior.
Mas fortes chuvas comprometeram a obra em andamento e interrompeu o tráfego ferroviário. Trabalhamos aqui por muitas horas montando "fogueiras" de dormente para escorar a linha. Já amanhecendo o dia liberamos o tráfego e a primeira composição a passar seria um trem de passageiros, que aguardava já há muitas horas.
Ainda inseguro com o resultado da obra, tomei uma decisão. Fiquei debaixo do viaduto enquanto o trem passava. Um gesto de coragem de um jovem engenheiro ? Que nada era medo mesmo. Adotei aquela máxima: ferrado, ferrado e meio. O trem passou e eu estou vivo.
Vamos chegar lá.
Uma vista da cidade.
Patrimônio Mundial declarado pela Unesco em 1985, a Basílica do Senhor Bom Jesus de Matosinhos é um dos maiores tesouros da arte barroca, construído entre 1757 e 1790. 
No adro da basílica, os 12 profetas em pedra-sabão foram esculpidos por Aleijadinho e seus auxiliares entre 1800 e 1805.
As seis Capelas dos Passos (1819/1875), na área externa do santuário, foram restauradas por completo e passaram a exibir as cenas da Paixão de Cristo de acordo com o projeto original de Aleijadinho. As 64 imagens talhadas em cedro foram realçadas pelas pinturas de Mestre Ataíde, descobertas debaixo de seis camadas de tinta (a fonte é sempre https://pt.wikipedia.org.
Mas isso já conhecemos o nosso destino é outro.
Lembra que a Presidente Dilma esteve aqui há pouco tempo para inaugurar esse espaço? A parte externa não representa a riqueza da parte interna.
Estamos no Museu de Congonhas.
Eu questionei a mim mesmo por que esse museu não foi construído em Ouro Preto, A resposta está ai, dada pelo poeta e escritor Mário de Andrade.
Entenda um pouco do objetivo do museu.
Belíssimos espaços.
Um mapa das peregrinações pelo mundo.
Você já percebeu que os amigos Simão e Olga estão conosco, né?
Com um toque no ponto de interesse na maquete filmes do local são exibidos no telão.
Isso ficou bonito.
As ferramentas utilizadas pelos artesãos na montagens dos altares, nas esculturas em pedra sabão, etc
À esquerda a pedra bruta, os primeiros entalhes e a placa que fica nos pés do profeta está pronta.
É comum trocar a exposição dos originais por réplicas, por questões de segurança e preservação. Foi dito para nós que após muitas discussões, não mais trocarão os profetas expostos ao tempo, por réplicas. Dessa forma não mais virão para essa galeria. Aqui ficarão as réplicas.
Maravilhoso esse espaço externo.
De improviso fui convidado pela direção para proferir uma palestra sobre a vida de Aleijadinho, para um seleto público de estudantes, professores e arquitetos. Muita responsabilidade, mas aceitei. Um resumo de minha palestra proferida. 
Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, nasceu em Ouro Preto em 1730 ou 1738.Pouco se sabe sobre sua biografia, mesmo tendo sido transformado em um herói nacional. A principal fonte documental sobre o Aleijadinho é uma nota biográfica escrita cerca de quarenta anos depois de sua morte.
Toda sua obra, entre talha, projetos arquitetônicos, relevos e estatuária, foi realizada em Minas Gerais, especialmente nas cidades de Ouro Preto, Sabará, S. João del Rei e Congonhas. É o maior expoente da arte colonial do Brasil é o maior nome do Barroco das Américas.
Era filho de um mestre de obras português, com uma escrava. Sendo mulato, muitas vezes foi obrigado a aceitar contratos como artesão diarista e não como mestre.  Em 1767 morreuo seu pai, mas Aleijadinho, como filho bastardo, não foi contemplado no testamento.
Aleijadinho gozara de boa saúde e apreciava os prazeres da mesa e as festas e danças populares, mas a partir de 1777 começaram a surgir os sinais de uma grave doença que, com o passar dos anos, deformou-lhe o corpo e prejudicou seu trabalho, causando-lhe grandes sofrimentos.
Depois de 1777 o artista começou a exibir sinais de uma misteriosa doença degenerativa, que lhe valeu o apelido de "Aleijadinho". O seu corpo foi progressivamente se deformando, o que lhe causava dores contínuas; teria perdido vários dedos das mãos, restando-lhe apenas o indicador e o polegar, e todos dos pés, obrigando-o a andar de joelhos. Para trabalhar tinha de fazer com que lhe amarrassem os cinzéis nos cotos, e na fase mais avançada do mal precisava ser carregado para todos os deslocamentos
Para ocultar sua deformidade vestia roupas amplas e folgadas, grandes chapéus que lhe escondiam o rosto, e passou a preferir trabalhar à noite, quando não podia ser visto facilmente, e dentro de um espaço fechado por toldos. 
Quer conferir? Veja lá: https://pt.wikipedia.org/wiki/Aleijadinho
Como se vê, o auditório estava completamente cheio 
Sai de lá aplaudido de pé.
Essa escultura não é de Aleijadinho. É minha.
Sempre procuro saber quem paga a conta.
Um selfie na saída.
Um boa dica. Arrependemos de não termos  almoçado aqui, nesse café/restaurante do museu. Super charmosos, ótimo atendimento e excelentes preços. Tomamos apenas café e suco.
Olha que exuberância. Anteriormente a gente almoçava aqui, na Cova do Daniel, mas agora está meio caidinho.
Vamos voltar à nostalgia? A estação está bem conservada
Não temos muito mais espaço. Por aqui encerramos nosso domingo. Na segunda nos despedimos dos amigos/irmãos Gérson e Luíza, que nos receberam muitíssimo bem, como sempre. Uma selfie na despedida.
 
Um susto. Agradecemos sempre  a Deus por viajarmos tanto e nem sequer presenciarmos um acidente. Aqui chegamos logo após acontecido. Entre o trevo de Coimbra e a divisa com Ervália, numa reta, esse Fiat capotou, após o seu reboque carregado com sacos de esterco, também ter capotado. Juntamos todos e descapotamos ambos.
Limpar a pista para não acontecer outro acidente.
Voltando a falar de coisa boa. Olha essa estrada na margem direita, que começa exatamente defronte à placa COIMBRA
Entrando nela, bem pertinho descobrimos essa fábrica de pão de queijo de alta qualidade.
Compramos de montão. Veja o folder da empresa.
E depois de tantas aventuras, chegamos em casa.

Comentários

  1. Muito bacana... ainda bem que aquela ponte não caiu na sua cabeça, primo. Isto teria nos privado de uma excelente pessoa.

    Renato Sigiliano

    ResponderExcluir
  2. Mais imagens que deixam saudades do tempo que trabalhei na ferrovia nesta região.
    Mais uma vez obrigado Cléber e Simão por nos propiciar esta recordação tão boa.
    Luiz Carlos Goulart

    ResponderExcluir
  3. Pois é. Cléber e Mirian sempre no agito e trazendo para nós um relato precioso. Resta-nos apreciar e agradecer, E querer sempre mais....

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Comente este post!

Posts mais visitados do último mês