O CASO JOÃO HÉBER INDIGNOU A TODOS

"Na primeira noite eles se aproximam

e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem:
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada."


Inspirados nesse poema, ao que tudo indica, do escritor brasileiro  Eduardo Alves da Costa, participamos nessa manhã de domingo de uma reunião, no salão paroquial, onde foi feita, junto com representantes da comunidade, uma avaliação do sentimento de todos em relação à tentativa de assassinato de um produtor rural de Belisário, registrada em: http://www.embelisariomg.blogspot.com.br/2016/02/tentativa-de-homicidio-na-zona-rural-de.html.  A indignação por parte de todos é geral.

O Frei Gilberto já tinha esse encontro agendado com representantes de cada comunidade rural e assim, em conversa prévia com ele, achamos oportuno aproveitar o momento e convidar outras pessoas para tomarmos uma posição em relação ao problema.

Embora tenha esse fato sido agravado com requintes de crueldade, não é algo isolado. A insegurança na zona rural é grande. Famílias temem deixar a casa desocupada, mesmo que por poucas horas, para uma vinda, na missa, por exemplo.
São vários os registros de furtos de gado, animais e utensílios do campo.
Mas isso não preocupa apenas à  comunidade católica. Outros grupos religiosos foram convidados. Regina Pimentel veio representando a Igreja Adventista. Também foi convidada a Igreja Metodista e a Igreja Cristã. Reconhecemos que o convite foi feito muito em cima da hora.


Cleia Costa criou um grupo de WhatsApp "Mulheres de Belisário", que vem mostrando indignação com a falta de segurança por aqui. Foi convidada e, prontamente, aceitou o convite de representar o grupo.
Marcilene compareceu como diretora da Escola Municipal Maria Amelia Meireles Calais, e  José Antônio veio como diretor da  Escola Estadual Pedro Vicente de Freitas. 
Esse encontro foi rápido e serviu para que fosse medido o grau de indignação e a disposição da comunidade belisariense em tomar posição. Sem dúvida, todos exigem mudança.
Foram também levantadas, pelos presentes, posturas desrespeitosas em Belisário provocadas por veículos com sons absurdamente altos, principalmente em horários impróprios  e  também por motos.

Uma nova reunião foi marcada para a próxima terça-feira, dia 23 de fevereiro, na sede do GAB, às 20 horas, com representantes de cada comunidade rural católica, e também da sede do distrito, e com essas outras instituições religiosas, social e educacionais,  que se fizeram presentes. A partir desse encontro posições mais efetivas serão adotadas.

Com relação a João Héber, o seu estado continua sendo analisado, para que seja avaliada a extensão das consequências dos tiros que ele levou. Estamos preocupados e o momento é de oração por ele.

Comentários

  1. Excelente a iniciativa das igrejas, comunidade em geral, pois infelizmente, não é só nas zona rural, infelizmente nas estradas rurais de acesso a Belisário, não é rara a semana que ocorrem roubos a transeuntes, trabalhadores, motoqueiros. A população de Belisário está assustada, com medo de sair para trabalhar, cruzar estradas e ser a próxima vítima. Cidadãos de bem, temerosos, assustados com o crescimento de roubos e assaltos. Que parta da sociedade organizada medidas de segurança, como retorno de bom policiamento para dar respostas á ansiedade dos trabalhadores de Belisário e daqueles que dependem de enfrentar as estradas diariamente. Unidos somos fortes.

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  2. Sr Cléber, sugiro como pessoa de credibilidade que és e que seu site tem, que o teor dessa matéria seja divulgada em maior amplitude, na mídia muriaeense e regional, para sensibilizar as autoridades políticas, religiosas e militares a somarem esforços para uma solução urgente, a fim de evitar que continuem os cidadãos belisarenses honestos e trabalhadores, fiquem reféns do medo de atender a um chamado na zona rural, continuem sendo vítimas de roubos de gados frequentes e sem soluções na maioria das vezes e trabalhadores que têm que deslocar pelas estradas vicinais ou principais, continuem sofrendo ataques de motoqueiros que em muitas ocasiões não só roubam, mas usam requintes de crueldade. Infelizmente, tem se tornado rotina em nossa simpática e querida Belisário. Estamos encarcerados em nossos medos, com receio e nos perguntando, quem será a próxima vítima?

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  3. INDIGNAÇÃO É POUCO!!!COM A FALTA DE SEGURANÇA E DE RESPEITO QUE JUNTOS AOS GOVERNANTES PELOS BELISAREENSES!

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