AGORA SIM, TERMINANDO O FIM DE SEMANA EM SAUIPE

Na matéria anterior falamos em fechar o fim de semana. Havia me esquecido de uma coisa que achei muito interessante e não poderia deixar de mostrar.

Mirian preparou o almoço de domingo: uma comida mineira, para a família da norinha  Mariana. Eles têm a casa no primeiro piso, em Porto Sauipe. Omar e Helma, sogros de André, têm o apartamento do piso superior, onde um quarto é do filho André. Ficamos lá.

Na cabeceira a matriarca, D. Carmita,   bisavó dos meus netos Gui e Alice. Júnior e Alba e Elba na extrema esquerda. A dona da casa, Alba, não saiu na foto. Kátia na extrema direita.

A fusão dos "Paradelas" com os "Cotrim" nos trouxe muita alegria.
Omar agora desce para almoçar conosco.  Acabamos de comer e organizamos tudo para pegar a estrada de volta. Era grande o temor de engarrafamento, como aconteceu na vinda.
Saindo do condomínio, já na estrada, vimos uma belíssima cena. Um grupo de ciganas fazia uma roda nas margens do rio. Não resisti: estacionei e dei uma corrida para ver do que se tratava.
Confesso um forte temor de entrar. A gente conhece pouco desse grupo e, na verdade, guardamos muitos preconceitos contra eles.
Fui entrando devagar, meio cabreiro. A gente sabe que cigano é um  povo tradicionalmente nômade, originário, possivelmente,  da Índia e que hoje vive espalhado pelo mundo. Também sei que foram perseguidos na Alemanha, junto com os judeus e outras minorias étnicas.
O conceito estabelecido é o de eles são desonestos nos negócios, roubam gado, e até crianças a gente ouvia dizer que eles roubavam. Claro que tem muita bobagem em tudo isso.
Nessa turma então, tudo isso é uma grande bobagem. Logo gritaram me convidando a entrar e me chamaram de irmão. Pessoal extremamente simpático.
O de amarelo é Roque Cigano. É um líder dos ciganos na Região Metropolitana de Salvador. Na sua maioria, as famílias ciganas moram no município de Lauro de Freitas.
Outra coisa curiosa. Notei que o linguajar de Roque é bem semelhante ao dos evangélicos. Quis saber a respeito.  Ele confirmou que pertence à Igreja Universal. Muitos deles são evangélicos embora também haja católicos. Há liberdade religiosa dentro dessa grande família. Vê-se isso na camisa que alguns deles usavam.
Outra observação: os ciganos que conheci sempre se mostravam pobres. Não é o caso dessa família. Eles moram em casas convencionais, levam uma vida em comum com o restante da sociedade e pelos seus carros vê-se que não são pobres.
Essa foi a linda cena que vi, passando sobre a ponte lá na estrada.  Alguns ciganos tomando banho no Rio e elas assistindo da margem
São lindas e simpáticas.
A gente aprende a cada dia que não é cabível conviver com preconceitos. Terei mais cuidado ao ver uma turma de ciganos.

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