TRAVESSIA - MAIS UMA NOITE MARAVILHOSA EM MURIAÉ

Sensacional a semana! Quarta o black music com a Banda COSMOSOUL, no SESC e quinta uma FANTÁSTICA apresentação do Grupo PONTO DE PARTIDA, na inauguração definitiva do TEATRO MUNICIPAL BELMIRA VILLAS  BOAS.

A equipe da FUNDARTE na recepção dos convidados. 

A parte física estava concluída, e agora, com recursos do Fundo Estadual de Cultura e outras parcerias, está sendo entregue uma sala climatizada, com cadeiras confortáveis e obras concluídas no palco, coxias, sanitários...

Já aconselhei você a ir conhecer o Arquivo Histórico Municipal, que preserva a história, a cultura e a  documentação do poder público municipal ao longo do tempo, visando a  pesquisa e a informação. 

É um  espaço cultural que fica  no prédio do Paço Municipal (antiga Prefeitura), na Praça Cel. Pacheco de Medeiros, no horário das 7:30 hs às 11:30 hs e das 13:00 hs às 17:00 hs, telefone: (32) 3729-1255.

Veja quem vai receber você lá.

Silvan Alves presente. Alexandre é o mestre de cerimônia oficial da FUNDARTE.

Elise apressada, na organização final.

www.interligadoonline presente.

Os vereadores Jair Abreu e Manoel Carvalho sempre presentes.

Dê uma olhadinha em quem estava lá. A FUNDARTE teve dificuldades na distribuição de convites, por serem apenas 180 lugares.

O prefeito, Dr Aloysio de Aquino evidentemente estava presente, com primeira dama Rose Aquino.

A coordenadora do grupo, em seu belíssimo pronunciamento ao final do espetáculo cumprimentou o prefeito por essa iniciativa e reforçou a imperiosa necessidade do gestor público investir em cultura, como forma de transformar a sua comunidade.

Esforços nesse sentido não faltam por parte de Gilca Napier, Diretora Geral da FUNDARTE, 

Familiares de D. Belmira Villas Boas e outros homenageados.

Elias Muratori e esposa...

Dr. Antonio estava na galeria.

E vamos dar início ao evento.

Que foi aberto com a apresentação de um vídeo mostrando o histórico do teatro.

O prédio foi construído em 1911, para funcionar como almoxarifado da Comarca Municipal. Na Revolução de 1930 serviu como quartel para o Batalhão Revolucionário. Da mesma forma, no outro período de convulsão social, em 1932. Depois Secretaria de Saúde...

... sede da Sociedade Musical União dos Artistas, Junta de Alistamento Militar...

Márcia Canedo foi a arquiteta responsável pelo projeto de restauro para transformar o prédio em teatro.

Muito simpático o vídeo ao entrevistar operários da obra, como o Mestre Valdecy. Outros depoimentos foram dados.

Muto chique essa Diretora. Uma bela vitória essa inauguração.

Homenagens ao Maestro Sansão que já em 1947 formou a banda "Sansão e sua orquestra"  depois a banda da  Granja Escola Dom Delfim (1956), depois a Lira São Tarciso (1966). Foi professor de música em vários colégios de Muriaé e organizou o primeiro festival de música da cidade, junto com Jorge Barroca.

Da mesma forma familiares de "D. Belmirinha", nascida em 1918, com grande vivência na edução musical, também como professora de piano para crianças. 

Também foi homenageado Alcyr Pires Vermelho, que iniciou sua carreira artística como pianista de cinema, em Muriaé. Foi autor de grandes sucessos e  parceiro de Lamartine Babo, Ary Barroso João de Barro, Davy Nasser...

Vamos ao belíssimo espetáculo. Não tem como  narrar o que vimos, mesmo por que, se eu ficasse preocupado com você que não foi, perderia essa beleza.

Para quem conhece o Grupo Corpo, de BH, posso garantir que esse em nada perde.

TRAVESSIA: “Un espace féerique où le public et les artistes célébrent la vie.”.

(Um espaço mágico onde o público e os artistas celebram a vida).

Sons e efeitos com objetos da mãe terra. Muita mineiridade em tudo.

Travessia foi noticiado em Paris, onde se apresentou nas comemorações dos 50 anos da UNESCO.

Quer coisa mais simples e íntima que um lençol! Deu um belo efeito.

Travessia não é apenas um show e também não é teatro. É uma mistura saborosa que leva o espectador por uma viagem. Ele conta a história do trabalho, da luta e da festa do povo brasileiro e faz um passeio por nossa música em grande companhia: Villa Lobos, Tom Jobim, Chico Buarque, Milton Nascimento, Caetano Veloso, Elomar, Gonzaguinha.

Um pano com nó para marcar ritmo, ao bater no chão. Que efeito!

Nascido para reinaugurar o Teatro Avenida, em Angola, em plena revolução, o primeiro musical montado pelo Ponto de Partida está em cartaz há mais de 20 anos e já foi assistido em centenas de cidades brasileiras, no Uruguai, França, Portugal e Alemanha.

Mas a grande surpresa para mim estava por vir, no final. O GRUPO PONTO DE PARTIDA é  de Barbacena. Caramba! Algo de nivel, no minimo, de BH. 

Não deixe de ler um pouco sobre eles. Retirei  informações do:
 http://www.grupopontodepartida.com.br/espetaculos/travessia/

Ponto de Partida é um grupo de teatro fundado em Barbacena, em 1980, por artistas que decidiram que não deixariam a cidade, mas também não aceitariam os limites da província. Assim, tornou-se uma companhia de repertório itinerante e independente com 20 profissionais em exercício permanente. Ponto de Partida criou e sistematizou métodos e processos de produção e criação e desenvolveu uma linguagem própria e uma dramaturgia brasileira que sustenta seus 34 espetáculos.

Nestes anos, a companhia trabalhou com figuras referenciais da cultura brasileira como Milton Nascimento, Fernanda Montenegro, Sérgio Britto, Paulo Gracindo, Jorge Amado, Manoel de Barros, Álvaro Apocalypse, Adélia Prado, Bartolomeu Campos de Queirós, Dori Caymmi e outros.

Fiel às suas origens de movimento cultural, atualmente o Ponto de Partida é responsável direto pela formação ou o trabalho de 323 pessoas que se dividem e se somam em suas diversas atividades e projetos, como a Bituca: Universidade de Música Popular e os Meninos de Araçuaí. Em 2014, o Grupo começou a implantação da Estação Ponto de Partida, no conjunto arquitetônico que abrigou a Sericícola, segunda fábrica de seda do Brasil.

Imagine uma escola de música brasileira, profissionalizante, no interior de Minas Gerais, instalada no complexo arquitetônico que abrigou a primeira fábrica de seda do Brasil, cercada por Mata Atlântica e onde os mestres são, em vez de acadêmicos, músicos de sucesso e os cursos são inteiramente gratuitos. Imagine!

Essa escola existe! É a Bituca: Universidade de Música Popular, criada em Barbacena, em 2004, pelo grupo Ponto de Partida.

Uma escola livre e trabalha com um processo de formação integral e metodologias desenvolvidas e sistematizadas pelo Ponto de Partida e mestres da Escola.

Com relação a esse espetáculo veja o que "rolou" por lá. Um repertório que me remeteu a grandes momentos da MPB  Quem curte se delicia ouvindo essa coletânea.

ROTEIRO

Texto – Regina Bertola

Asa Branca – Luís Gonzaga e Humberto Teixeira
O Cio da Terra – Milton Nascimento e Chico Buarque
Arrumação – Elomar
Bola de meia, bola de gude – Milton Nascimento e Fernando Brant
Fé cega, faca amolada – Milton Nascimento e Ronaldo Bastos
Maracangalha – Dorival Caymmi
Trenzinho do caipira – Villa Lobos e Ferreira Goulart
Maria, Maria – Milton Nascimento e Fernando Brant
Texto – Adélia Prado
Os Argonautas – Caetano Veloso
Tanto Mar – Chico Buarque
Arrastão – Edu Lobo e Vinicius de Moraes
Lamento Sertanejo – Gilberto Gil e Dominguinhos
Cajuína – Caetano Veloso
Cantiga de Caicó – Tema folclórico
Casamento dos pequenos burgueses – Chico Buarque
Terezinha – Chico Buarque
Templo – Chico César
Águas de Março – Tom Jobim
Procissão – Gilberto Gil
Deus-lhe-pague – Chico Buarque
Galope – Gonzaguinha
Baião – Luis Gonzaga e Humberto Teixeira
Aquarela do Brasil (Vinheta) – Ary Barroso
Isso aqui é o que é – Ary Barroso
O que é, o que é – Gonzaguinha
Pout-pourri de sambas

Tudo agora é comemoração por parte dos organizadores.

Minha próxima meta em Muriaé é conhecer a Biblioteca Pública, onde a bibliotecária  Mirian e seu assistente trabalham.

O sobrinho Guilherme foi com o convite da minha Mirian, que ficou com medo de descer a serra a noite, com chuva. Ganhou também a taça que marcou o evento, e uma foto com Gilca Napier.

 

O presente de Natal da netinha Luisa está comprado. Um DVD do Grupo para crianças.

Entre Elise, Flávia e  Luisa, ambas arquitetas  que atuaram junto com Márcia Canedo no projeto e no acompanhamento das obras do teatro.

Solteiro, na companhia de Guilherme, fomos para a noite muriaeense e dormimos por lá na casa dos primos Renato e Mariléa.

Subimos cedo par Beli, ainda tocados pelo maravilhoso evento. 

PARABÉNS MURIAÉ!!!!