CAMINHADA DE SÁBADO. TODO MUNDO DÁ DURO POR AQUI

Mirian achou interessante  destacar hoje o duro que a turma dá na vida rural, no dia a dia.
O café está na sua fase final. O preço esteve bom, passou de 100,00/saca, depois  caiu para 40,00 e parece que está em 60,00. 
Muita gente está trabalhando agora com o café recolhido do chão. É bom lembrar que o maior volume cai sobre plásticos/lonas  estendidos debaixo dos pés. Esse é ensacado relativamente  limpo. Mas tem aqueles grãos que caem no chão. É esse tipo que estamos vendo na foto abaixo. Assim sendo, vem com terra e precisa ser lavado. É o que esses companheiros estão fazendo.
Aproveitando uma água corrente que passa por aqui, os grãos são despejados do reboque do trator para essa caixa grande. 
Parece um  garimpo. Depois de lavado vai para o caminhão
Aqui pertinho a ordenha já terminou.
O leite requer muito asseio. As vasilhas devem ser bem lavadas, para evitar que ele azede.
Saímos da propriedade de Lindim e estamos no Sr. Lincoln Martins.
Vamos lá perto. Essa turma pegou o café à meia e hoje é o último dia deles aqui, nessa safra. São o Toninho e o Carlinhos, nossos vizinhos.
O manejo do café é algo muito interessante. A forma de colher, de fazer a secagem, de guardar... vai influenciar na qualidade do produto na hora de vender.
Quando feito dentro de padrões rigorosos, após submetido à apreciação do "provador", o café pode ou não "dar bebida". Se der, aí o preço é duas ou mais vezes superior. Poucos cafés em nossa região "dão bebida".
Vamos aguardar algum leitor entendido comentar um pouco sobre isso e a gente acrescenta na matéria.
Na modalidade de plantação citada, o proprietário dá a lavoura para um terceiro, fornece os adubos e recebe a metade do café ainda "no coco", já ensacado. 
E toda a família pega firme nessa tarefa. Frans e Franki são muito trabalhadores, como se pode ver.
Já estamos na propriedade de Zezinho do Lincoln. D. Mariza também dá duro por aqui. Está catando o feijão amendoim.

Para acondicioná-lo nessas garrafas, onde podem ficar por um ano, sem dar bicho.
As meninas aqui também pegam firme com ela. Veja com os seus próprios olhos.
Esse também é solidário.
E não adianta correr da câmera...
Essa estava trabalhando.
Isso é uma foto. Zezinho tem juntas de carro de boi e aparece aqui se equilibrando sobre um touro.
Mas nós estamos caminhando...
Uma parada técnica na casa de Landis Rosa, para ver se aqui também se trabalha.
Uma oficina onde dão pequenos retoques nesses carros semi-novos.
Pelo visto vai ter festa infantil por aqui.
Água não falta.
Até Landis estava trabalhando hoje.
Na hora de comer um comidinha no fogão a lenha, todo mundo gosta. Arear a panela enfumaçada...
Aqui peru fica solto.
O monjolo tem todo um charme. 
Já chegamos no planalto.
Uma majestosa garça de olho nos peixinhos.
Não me lembro desse tipo, com uma crista amarela. Tenho para mim que antigamente ela era uma ave marítima, que veio posteriormente para o interior do país. Será que estou enganado?
Entrando na rua também pegamos a moçada dando duro.
Não somente eles.

Com tanto trabalho, cansei. Vou tirar uma soneca na rede. Afinal, ninguém é de ferro. Já  às 4 horas estava lavando chiqueiro. Às 6 ordenhando vacas. Lavei um tanque de roupas e vim caminhar.
Tenho de entregar ainda um vestido de noiva, que já está em fase final de acabamento. As roupas da daminhas já entreguei. 
Ufa! As pessoas da cidade não têm ideia do duro que a gente dá por aqui.

Comentários

  1. Olá!
    Deram uma passadinha no sítio do Sr. Nene Sinvalinno ( meu pai) também, né? Tirando leite, seu sítio é entre o do Tio Lindinho e Sr. Lincon Martins, apesar da idade, ele ainda levanta cedinho todos os dias para tirar leite...
    Te amo pai!

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