UMA FUGIDINHA NO FIM DE SEMANA PARA...

Netinhos com papai e mamãe. Os vovôs receberam uma folga no fim de semana, com direito  a sair de SP. Afinal, trabalhar sem poder viajar é só prá médico cubano no Brasil. 
Pagando a Rodovia Carvalho Pinto...
Depois de 2 horas e meia dá prá contemplar a Serra da Mantiqueira. Minas fica do outro lado. Mas não vamos prá lá. 
Entramos no Estado do Rio, agora na Dutra.
É prá aí que a gente vai. Conservatória, a Capital Nacional da Seresta, pela terceira vez.
Com duas grandes motivações: Primeiro para encontrarmos com Clebinho e Luise, que estão nos brindando com matérias no roteiro de férias deles.
Maria Fumaça e estação ferroviária são altamente fotografáveis.
Tudo em Conservatória, distrito de Valença, gira em torno da música. São vários museus tendo a música brasileira como tema.
Uma oportunidade prá tomar uma "branquinha" com Vicente Celestino autor de:

Tornei-me um ébrio e na bebida busco esquecer
Aquela ingrata que eu amava e que me abandonou
Apedrejado pelas ruas vivo a sofrer
Não tenho lar e nem parentes, tudo terminou.
Alguma coisa da "Pimentinha", a queridíssima Elis Regina.
Mas tinha a segunda motivação para essa "fugidinha" de 400 km. Queríamos comemorar os 35 anos de casados. Uma vida! Uma bela vida!...
... que merece um brinde.
Os bares já meio esvaziados. A turma já está se aglomerando para a formação da serenata que corre as ruas de Conservatória...
...  onde cada casa foi batizada com o nome de uma música, que é cantada quando a grande seresta pára na frente. Cada noite há um roteiro estabelecendo onde cantar. Um poema sempre antecede o canto.
Vamos postar um filme com a seresta.
Mas o forte dessa viagem não foi, dessa vez, as atrações musicais de Conservatória. Foi a nossa HOSPEDAGEM.

Não vou falar nada sobre isso agora. Aguarde pacientemente a próxima matéria.

Veja um pouco sobre Conservatória : www.wikipedia.org

Conservatória é o sexto distrito do município de Valença  no estado do Rio de Janeiro , a 370 quilômetros de São Paulo, 142 quilômetros do Rio de Janeiro, 28 quilômetros de Barra do Piraí e a 34 quilômetros da sede municipal.
O distrito tem uma população de 4.182 habitantes e é famosa por suas serestas, tradição conservada pelos moradores locais e turistas, e pela observação de  OVNIs na Serra da Beleza.
A prosperidade e riqueza vieram com a expansão da cultura do café, que utilizou largamente o trabalho escravo. As centenárias construções da vila, em estilo colonial, algumas do século XVIII,  até hoje preservadas, evidenciam sua origem e algumas, inclusive, ainda ostentam telhas de época, feitas na coxa dos escravos. As ruas principais mantêm as pedras de pé-de-moleque originais da construção.
O estilo colonial da região inspirou vários romances famosos, alguns transformados em novelas, como Escrava Isaura O Feijão e o Sonho,
A prosperidade econômica do final do século XIX deu início a outra tradição na vila: a das seresta - a música cantada sob o sereno -, que hoje atraem mais de mil pessoas a cada fim-de-semana para a cidade, vindas dos mais diversos recantos do país e do exterior.
Um dos grandes motivadores da tradição da música na cidade é o Museu da Seresta, que tem o maior acervo de músicas de serestas do país - e um dos maiores do mundo -, criado pelos irmãos Joubert de Freitas e José Borges Neto, já falecido. O museu mantém viva uma página da cultura musical brasileira, reunindo os seresteiros às sextas-feiras e sábados à noite, que de lá saem para cultivar o hábito, raramente quebrado, de cantar pelas ruas da cidade.
Em 1988, Conservatória comemorou 120 anos de serenatas. Conta a história que a tradição nasceu com um romântico professor de música e tocador de violino,  Andras Scmidt, que, em uma noite enluarada no silêncio do vilarejo, atraiu espectadores, e o professor Andreas passou a ter como rotina tocar seu violino na praça, nas noites estreladas. Aos poucos, músicos vindos de outros lugares passaram a acompanhar as serenatas do professor, e essa virou uma característica incorporada ao lugar.
Música e grandes paixões sempre estiveram de mãos dadas em Conservatória e geraram muitas histórias de amor. Certa vez, em 1938, Antonio Castello Branco, um abastado fazendeiro de Santa Isabel, distrito vizinho, que vivia uma paixão não correspondida por uma moça de Conservatória, resolveu demonstrar seu amor conforme a tradição. Colocou seu piano de cauda em cima de um caminhão e percorreu mais de 20 km em estrada de terra esburacada, só para tocar e cantar sob a janela da amada. Consta que o gesto deu resultado, e a moça aceitou o fazendeiro como esposo.
O fim do ciclo do café resultou na decadência da agricultura na região, e muitas das centenárias fazendas foram abandonadas. Algumas estão preservadas, inclusive mantendo uma pequena produção de café; outras mudaram sua atividade produtiva, e hoje desenvolvem a pecuária leiteira. Mas a beleza do lugar, sua deslumbrante paisagem, composta por vales e cachoeiras, as relíquias históricas preservadas no tempo e a tradição das serenatas abriram outros caminhos de sucesso para Conservatória.
Conservatória sofre, como outras localidades do Estado do Rio de Janeiro, o problema do êxodo rural. Mas esse fenômeno não lhe traz grande abatimento econômico devido ao fluxo turístico, 90% do Rio de Janeiro e de São Paulo, atraído pela tranquilidade bucólica e por apresentações teatrais, esportivas e, principalmente, musicais.
A tradicional serenata, realizada toda sexta-feira e sábado, partindo às 23h do Museu do Seresteiro e seguindo noite adentro, é o elemento nuclear das atrações musicais, que também incluem a Solarata (realizada nas manhãs de domingo) e as serestas (canto em espaços fechados) realizados em diferentes hotéis e pousadas. Os turistas são atraídos pela atmosfera romântico-musical das diferentes apresentações, hospedando-se nos hotéis e pousadas para poderem acompanhá-las. Geram, dessa forma, um importante fluxo de renda e consequente emprego de mão-de-obra local.


Comentários

  1. Veja esse cantor da praça de Conservatória: http://www.youtube.com/watch?v=t1YpkjiEbrQ

    ResponderExcluir
  2. Excelente! Parabéns pela bela escolha para comemorar o aniversário de casamento (Victor Cláudio)

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Comente este post!

Posts mais visitados do último mês