A gente vai e volta em certos temas. Isso já tem ficado claro nesse bloguinho safado, que não tem compromisso com nenhuma técnica de jornalismo.
Um noite muito agradável depois de curtir Conservatória e um belo luar, dormimos na Fazenda Vista Alegre.
Pela manhã um café no ambiente, com os móveis e talheres usados pelos barões do café. Pelo menos quase todas as vasilhas.
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E desfrutando das agradáveis companhias do filho e nora, e da parceira de 35 anos. |
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Um vida difícil dessa merece profundas reflexões de como enfrentá-la. Por exemplo: onde almoçar? |
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Decidido: viajamos cerca de 25 km, na direção de Barra do Piraí. Mírian e eu já havíamos almoçado aqui. Ela é mais uma das muitas opções de visitação no Vale do Café. Foi construída em 1830, possivelmente 20 anos antes da Vista Alegre. Mas não tem a exuberância daquela. Esse é uma opção de almoço e visitação.
Ela tem uma curiosidade em relação a praticamente todas as fazendas do Vale. Mantem-se nas mãos da mesma família de seu fundador. A explicação foi dada por Marcelo, da sexta geração da família. As 4 filhas que aqui ficaram, como proprietárias, no século XIX, também foram a falência e iriam perder a fazenda para o banco, com aconteceu com todas as outras, em função da derrocada do café no mercado internacional. Ocorre que uma quinta irmã havia casado e se mudado para a Europa, com alguém muito rico. Ela pagou a dívida e a família ficou com a Taquara até hoje.
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O restaurante fica num porão, onde possivelmente foi a senzala da fazenda. |
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Quando essa turma saiu chegou um ônibus cheio, com um grupo de terceira idade, do Rio. Tudo acertado previamente pelo telefone. |
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Estilo de comida e de serviço próprios de uma fazenda... |
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... com opções de doces incluídos no preço. Os nossos doces de Belisário são melhores. A comida é muito boa. |
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Fica como opção o almoço com uma aula de história da Fazenda da Taquara e do ciclo do café. Nesse caso, 50 reais por pessoa. A aula, ministrada por Marcelo, a quem já fizemos referência, dura 60 minutos e é muito instrutiva. |
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Caminhando pelo casarão a gente vai entendendo o comportamento das famílias na época. Seus hábitos religiosos, políticos e também as extravagâncias sexuais dos fazendeiros em relação à suas mucamas. É difícil acreditar que os homens já foram safados nessa área. |
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Muitas peças de roupas são apresentadas. Algumas delas já são do início/meados do século XX, como explica Marcelo. |
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Um salão de jantar para receber um barão e fechar negócios e conchavos políticos. |
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Abaixo um documento do imperador D. João VI concedendo um título de Coronel por serviços prestados à corte portuguesa. |
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Pois é, minha gente! Recomendo muito um giro por essas bandas. Hospedar na Fazenda Vista Alegre e comer nas fazendas da região. São várias opções.
A sede da Fazenda Taquara foi construída, provavelmente, na década de 1830, em forma de quadrilátero, com jardim interno, sob a influência da arquitetura colonial das Minas Gerais, oriunda do século XVIII. Seu proprietário, o Comendador João Pereira da Silva, tinha chegado de Portugal no início do século XIX, em companhia de Joaquim José Pereira de Faro – futuro barão do Rio Bonito. Estabeleceram-se eles na região de Barra do Piraí, na mesma época que o café começou a ser plantado no Vale do Paraíba. Segundo o inventário do Comendador, falecido em 1865, faziam parte das suas propriedades as fazendas Campo Bom, Ipiabas e da Nova Prosperidade, chamada de Taquara. O nome Taquara foi dado pelos escravos, devido à abundância nas terras da fazenda de um bambu fino, que era assim denominado. Ela permanece, ainda hoje, sob o domínio da família do Comendador. Com quase dois séculos de existência, a sede, ainda em perfeito estado de conservação, preserva sua história, com seus móveis, documentos e retratos originais. Outra peculiaridade desta propriedade é ser hoje um centro de produção de café, como no século passado, além de desenvolver atividades de granja de frangos e suinocultura. Localização: Estrada de Barra do Piraí-Valença (RJ-145), Km 2 Tel: (24) 2443-1221 ou (24) 9826 3330
Email: m.taquara@ig.com.br
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Gostei muito da matéria!!!
ResponderExcluirDeu vontade de pegar estrada e ir visitar estas fazendas.
Bjo, Flavinha Paradela