NÃO FUJA DESSA LUTA


Os números mostram que muita gente está saindo às ruas. Não para quebra-quebra, mas para mudar esse país.
Isso já  aconteceu na década de 80, com o movimento DIRETAS JÁ!. Eu tive o inesquecível privilégio de participar de um mega evento, no Rio, no dia 16 de fevereiro de 84, na Candelária/Cinelândia.
No dia 24 viajamos Mirian e eu para Belo Horizonte, onde 400 mil pessoas fizeram um belíssimo comício defronte a rodoviária.
Também participamos de um terceiro dia 29 em Juiz de Fora. Nessa época morávamos em C. Lafaiete e André, o nosso caçula tinha apenas 1 aninho.

Depois disso vivemos o FORA COLLOR!, em 1992.  Eu fazia parte de seu governo, não na “cabeça”, mas num  5º escalão, trabalhava no Rio e minha família em JF. Participamos ativamente de todos os movimentos naquela cidade. Isso com os meus 3 filhos, todos com as “caras pintadas”, como foi batizado o movimento.

A filha Bianca e a sobrinha Miriane. Collor acaba de cair e estávamos nos prparando para ir para a Av. Rio Branco (JF), para a comemoração.

Essas foram as duas últimas mobilizações no país. Depois disso a nossa juventude caiu num vazio de idéias e de comprometimento e deu no que deu. O nosso Brasil se desmoralizou em todos os seus níveis e em todos os 3 poderes.
Mas as coisas começam a mudar e precisamos apoiar. Uma pena os casos isolados de vandalismo. Mas isso não é diferente do dia a dia em nosso país, onde não apenas se põe fogo em cabines, cadeiras e bandeiras, mas em dentistas, quando estes têm pouco dinheiro. E isso sem que ninguém se mostre preocupado em resolver tal problema.
O povo cansou a está exigindo mudanças. Tomara que o desânimo não abata tais iniciativas.
Apenas pelo voto não se muda um país da pobreza, onde as pessoas são dependentes de “bolsas”, de caminhões de água, de benesses de coronéis da política. É preciso mais e a elite que pensa, que tem cultura, que tem formação ou cursa o nível superior, e que paga 40 % de sua renda em impostos,  precisa ser partícipe dessa mudança.
Não fuja à luta! Participe, apoie, incentive.
Os meus filhos que levei para o FORA COLLOR! hoje estão nas ruas, exigindo mudanças. Os sobrinhos também. Eles não são vândalos. São cidadãos brasileiros que acham que esse país pode ser mudado.

Comentários

  1. Ah, tira foto minha tb!!! Cadê eu no Fora Collor?
    Beijos,
    Bia

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  2. Não precisamos de vandalismo, nem de quebradeira, precisamos lutar por nossos direitos para sermos dignos deles. Cada um luta pelo que acredita.

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  3. Parece-me ingênuo pensar que entre dezenas e até centenas de milhares de manifestantes não haja aproveitadores, drogados, vândalos, obstinados.
    O Brasil tem feito muito mais mudanças do que parece e sem precisar de quebradeira e alucinados. Algumas delas presenciei e ajudei a segurar as "pontas" quando trabalhando no estrangeiro. Há muito brasileiro lá fora e muito ligado nos acontecimentos da terrinha. A partir de l984, porém, eu já estava no Rio e acompanho os manifestos, as eleições, os eleitos, etc. Nunca vejo razão para motins, paixões, depredações, etc.
    Afinal os governantes que aí estão não são os que a maioria queria?
    E o consumismo, alguém acha caro? Acha caro jogar fora um eletro-eletrônico só para comprar outro? Trocar de carro porque mudou a moda? A bebida, a comilança, alguém reprime? Sabemos que há muito desperdício, muito obeso comendo...e ... malhando...comendo e malhando, isso não é caro?
    Mas ninguém vai às ruas colocar ordem nisso.
    Outra coisa: a gente percebe que o pessoal da mídia toma todo o cuidado para não opinar. Claro, para não complicar mais as coisas. Sempre dizendo que a multidão é pacífica, que a causa é justa, etc. etc. Mas, o saldo é sempre o mesmo: bens públicos e privados depredados, mortos, feridos, muita atrapalhação no trânsito e nos serviços, nem dá pra arrolar todo.o saldo negativo. Não vejo justificativa para essa baderna.
    Ainda bem que hoje tem jogo. Coisa muito melhor de ver na TV. Isso de destilar ódio já chega, já cansou.

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  4. Não quero ser o "advogado do diabo" nem estabelecer polêmica nessa questão. Todavia, infelizmente, a desagradável verdade é que as autoridades são mais atentas aos excessos do que às manifestações pacíficas.

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