FEROLLAS RETORNAM A BELISÁRIO

Estávamos fazendo compras no Mercado Pena & Silva quando D. Maria nos falou de uma família que estava hospedada em sua pousada, que aqui veio para pegar informações do bisavô, que residiu em Belisário no século passado.
Ela já tinha em mãos material do antigo Jornal de Belisário, escrito por D. Nina, que falava sobre o velho Luiz Ferolla, bisavô de Beth, que vai aparecer na foto, com o seu marido Ródnei e a filha Teresa.
Como eles estavam com pressa para retornarem a Macaé, onde residem, entrei na igreja e retirei o Sr. Antônio Elias da missa, para falar um pouco sobre essa família.Ele tem 101 anos e uma ótima memória.
Logo nos informou que tinha o túmulo da família lá no cemitério e foi conosco lá para mostrá-lo. Foi direto no local.
Tem certos olhinhos ai que não mostram muito entusiamo com esse tour pelo cemitério. Acho que ela preferiria a Cachoeira do Nahor.


Aqui fora dá até prá soltar um sorriso, né Teresa?

Na passagem paramos com  Taninho para ver o que ele sabe sobre a família. Muito pouco, apenas algo que Dico, Tuti, Sr. Antônio Elias e os artigos de D. NIna também apontaram: os Ferollas eram muito bravos. D. Nina escreve mais: um capanga teria procurado o seu tio avô, Luciano Alves Pereira numa noite, mostrando-lhe um pacote com 20 contos e informo-lhe que havia recebido isso do Sr. Luiz Ferolla para matá-lo. Ele poderia poupá-lo se o Luciano pagasse o dobro. E assim foi feito. O  Alves Pereira carregou a sua mudança e saiu de Belisário naquela madrugada. 
Um outra pessoa falou que ouviu falar que certa vez capangas de Luiz Ferolla se desentenderam com capangas de outra família e teriam morrido 12 pessoas num embate. Será verdade?
Se os Ferollas eram bravos não sei, mas Mírian e eu constatamos que Beth é um amor de pessoa. Da mesma forma Ródnei e Teresa. Esperamos que tenhamos incluídos novos amigos no nosso rol, que embora extenso, ainda tem muitas vagas.
D. Nina lembra sempre que não podemos julgar as pessoas pela conduta que adotavam há  muitos anos atrás, dentro de uma outra realidade social muito diferente da atual.

Você sabe mais sobre essa família? Então passe para nós. D. Nina está sugerindo a eles que façam um encontro da FAMÍLIA FEROLLA em Belisário, ainda dentro das comemorações dos 150 ANOS DE FUNDAÇÃO DE BELISÁRIO. Já colocou o GAB à disposição para hospedagem. 
De repente seria uma boa oportunidade da família lhe reembolsar nos 40 contos que o tio avô gastou com o tal matador. Assim nomeio o Dr. Dárcio Calais (BH) como perito, para proceder a atualização monetária desse valor, para que o dano seja reparado. Isso teriam acontecido perto de 1915, pelas contas que fiz.

Comentários

  1. Meu prezado Cleber,
    Com dizia aquele personagem do Jô Soares, o argentino Gardelón, você é, decididamente, MUY AMIGO. Considerando o histórico ameaçador do ancestral Ferolla, eu lhe pergunto: - o que será de mim se os atuais Ferollas ficarem, por exemplo, "contrariados" com os meus cálculos? Acho mais seguro a gente contratar um tipo de "auditor independente" lá da Nova Zelândia. Os cálculos atuariais podem ser enviados por internet e nós continuamos vivos (se Deus quiser).

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  2. Sobre o patriarca Ferolla, só posso dizer que ele beneficiou o patriarca Calais.
    Por volta de 1915/16, meu avô Antônio Pereira de Calais quis comprar a fazenda do irmão mais velho dele, o João de Calais. Não sei bem por que, o fato é que meu avô foi se aconselhar com o Sr. Ferolla. E este teria lhe dito: - "prefeitamente" seu Calais, compre a fazenda do homem. Acho até que o Ferolla emprestou uma soma apreciável (cinco contos de réis) ao meu avô para que ele concretizasse a compra.

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  3. KKKKK que dizer então que os homi era brabo kkkk Fernando Ferolla o mais brabo dos Ferolla kkkkkkkkkkk cuidado voltaremos kkkkkk

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  4. Muito interessante essas histórias de um Brasil antigo, estamos todos aqui ansiosos para conhece-los em breve retornaremos.

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  5. Parece estranho dizer isto,mas gosto de visitar cemitérios,aliás gosto muito de histórias e causos.Sempre que vou encontro um pouco de história por lá.No caso deste túmulo sei que é um dos mais antigos encontrados no cemitério de Belisário e foi através de uma visita,no dia de finados que fiquei sabendo dessa história de que Luiz Ferolla havia mandado matar Luciano Alves Pereira.Muito interessante pra época e pelo que li na história contado no antigo JB,foi á partir disso que Luciano doou as terras da comunidade que pertenciam á ele, pra Igreja de Santo Antonio.Me corrijam se estou errada,mas acho que foi isso mesmo.Espero ler esta história no livro que será lançado.

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  6. Primeiro, Cléber:
    Belisário deve de ser-lhe muito grato por tão grande ajuda sócio-cultural. Você e Mirian
    recebem tão bem a todos, e aos forasteiros também, mesmo como esses descendentes do "carcamano", Luiz Ferolla. Alguma coisa que ouvi de meus parentes e procurei comparar depois que vim morar aqui pode ser apenas folclore. Mas, sobre Luiz Ferolla e seu contemporâneo Antonio Berto, sim parece certo. Como é certo que tinham na família gente que ajudou muito Belisário. Uma filha de Luiz Ferolla era amiga e "idolo" de minha mãe, muito inteligente, carinhosa e bonita.
    Não foi 1915, não. Em 1914, tio Luciano Alves Pereira, irmão de minha avó
    materna e sobrinha do próprio marido, Neca Mariano, meu avô, ele, tio Luciano com a família, já tinham sido excurrassados daqui pelo Luiz Ferolla. Há um jornal de Muriaé com artigo seu e também um muito conhecido Almanaque de 1914, da Casa Americana, loja que ele tinha em Muriaé. Detalhes e fotos sobre isso estarão no livro que estou compilando. Sobre a contemporaneidade de Antonio Berto, temos como prova a saída daqui também de meu avô com a família e já casado com a segunda mulher, que era tia do nosso atual e famoso artesão, Antonio Moreira. Essa saída se deu por volta de 1918 a 1920.
    O cenário da época também não era nada bom:: os dois Alves Pereira eram ricos, de terras herdadas, construções urbanas e propriedades rurais. Os outros herdeiros estavam cuidando de seu patrimônio, que ia de Monte Alverne até depois do Rio Glória, em Miradouro. A política fervia. Havia ainda resquícios dos conservadores (antigos apoiadores da monarquia) e dos Liberais (republicanos já no poder desde 1889).
    Livres, desde 1888, antigos escravos se vendiam para espertalhões e políticos. Matadores de aluguel também. Isso por toda parte no Brasil e em outros países.
    Todo mundo tinha armas de fogo e sabia manejar tudo muito bem, porque, inclusive caçar ainda era um costume doméstico. Até adolescentes sabiam lidar com munições, armas e cresciam nesse ambiente em que o terror era o que impunha respeito e gerava o poder. Tio Luciano era político e muito inteligente. Pelo lado de sua mãe, Heduviges Augusta Dias de Andrade, vinha de famosas famílias Ubá e Rio Branco (os Dias Paes e os Vieira de Andrade.
    Estava também grassando uma terrível febre tifóide que, em 1911 matou minha avó,
    primeira mulher de Neca Mariano, deixando dez filhos. Meses antes, morrera do mesmo mal,um filho do tio Luciano. Um genro que ficara tuberculoso também se suicidou, deixando órfãs, duas netas de Neca Mariano.
    Ambos, Luiz Ferolla e Antonio Berto deixaram fama de abusados com os mulheres, inclusive para afrontar os maridos e mostrar valentia e macheza.
    Não sei como terminou Ferolla. Sobre Antonio Berto, belisarenses que moravam em Xerém e Duque de Caxias,RJ, testemunharam sua morte, no bando de Tenório Cavalcante. É o posso dizer, além de reconhecer que as famílias eram pessoas muito boas, como Dª Maria Caetana, que é hoje nome de Rua em Belisário, muito merecidamente..

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  7. O relato de Dárcio Calais já alivia as informações a respeito do “velho” Luiz Ferolla. História é assim, pode ter algumas variações, dependendo da fonte.
    O seu irmão Flávio Calais também nos informou que o seu avô era amigo dos Ferollas, e que eles viveram aqui entre 1911 a 1922, no mínimo, já que em 1922 o avô de Flávio/Dárcio comprou a casa da família Gonçalves e eram vizinhos dos Ferollas.
    Acrescenta que a sua “venda” tinha de tudo, inclusive armas, ferramentas, máquinas diversas, inclusive de costura. Em 1962 Flávio foi para BH e lá no centro da cidade viu a placa de um médico radiologista José Ferolla. Entrou e descobriu que era neto do Sr. Luiz

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    1. Amigo Cleber,
      Como vôce sabe estamos de férias e não tive no meu percurso de viagem como responder e agradecer por toda a recepção. A você e a Miriam.LAmentei muito o falecimento de seu Taninho, mas em poucos momentos que estive com ele pude perceber a pessoa boa que era.
      Gostei muito da cidade, de sua casa e seu Antonio Elias uma gracinha de pessoa.
      Eu e meus irmãos rimos muito das estorias que conheci aí.o meu irmão Fernando chegou até fazer uma brincadeira em algumas palavras acima.
      Foi a melhor viagem que já fiz em minha vidae lamentavelmente não tenho mais o meu avô Vittorio Ferolla, filho de Luiz Feroola, que ficaria muito feliz se estivese aqui e recebesse a hospitalidade de vocês.
      Falei com a Viviane que estou me programando para ir a festa dos 150 anos. Confirme a data pra mim por favor.
      Bom, diga por favor ao caro Dario que providencie os cálculos logo, por que vai que preciso pedir um empéstimo, juntar um dinheiro na poupança ou quem sabe um rá-tá-tá na família para quitar o que devemos. Agora tenho uma moeda que, quem sabe, interessa: o nosso amor, o nosso carinho,a nossa gratidão,a nossa sincera amizade e nosso verdadeiro perdão.
      Um grande abraço a vocês todos e espero retornar em breve.
      Beth Ferolla

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  8. Cléber,
    Você falou que Ferolla vendia máquina de costura. Sim, era mercadoria comum em tempos passados, pois até ternos de homem eram feitos em casa. Acho que nem a palavra "confecção" existia. E a máquina devia ser da marca "Singer", palavra inglesa que quer dizer cantora. O inventor fundou uma companhia denominada Singer Manufacturing Company, norte-americana, com sucursais no mundo todo, sendo a maior na Alemanha. É um colosso a Singer alemã, tive o privilégio de conhecê-la.
    em Hamburgo.

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  9. Que pena não ter conversado com vocês pois nosso avôs eram grandes amigos um abraço Leila.
    Dana Francelina minha mãe manda um abraço para o Senhor Luiz filho de Dona Tereza e diz que gostaria de revelo. Saudades

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    1. Olá Viviane,
      Eu também lamentei muito não ter ido conhecer vocês. Minha avó Thereza comentava sobre sua mãe comigo. Na verdade,fiquein sabendo estav doentinha e fiquei com vergonha de incomodá-los. Mas estou me organizando com meu marido de irmos a festa do Belisário, que por sinal, você poderia me confirmar
      a data.
      Um grande beijo e nso conheceremos em breve.

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  10. Prezados belisarenses,

    Minha esposa Elizabeth Ferolla e eu, Ródnei, estivemos em Belisário após 27 anos e,agora com outros olhos,sem o motivo que nos trouxa aqui no passado,vimos uma cidade aconchegante e merecedora de todo o carinho de nossa parte.

    1) Fomos muito bem recebidos na chegada a Belisário e, ao primeiro contato,fomos indicados a pernoitar nas acomodações de dona Maria e Seu José, simpaticíssimos e hospitaleiros. Ali, após um cafezinho mineiro, fomos indagando sobre os fatos da cidade até chegarmos aonde queríamos:"Os Ferolla".Dona Maria mostrou-nos alguns guardados, lembranças de outros tempos, e para nossa surpresa, constatamos o que era lembrado dos Ferollas nessa paragens,ou seja, como dizia Caco Antibes, "...uns mau-caráter"... .
    2)Dali fomos apresentados ao Cleber que, num primeiro momento,ressabiado coitado, achou que estávamos ali pra completar um serviço que o velho Ferolla não havia terminado.Mas,depois do susto, como todo bom mineiro( nem sei se de fato é)fomos nos interando dos fatos e chegamos a uma conclusão:.."...são uns mau-caráter"... .
    3)Com Cleber demos uma volta nas redondezas e fomos parar em sua casa.Lá conhecemos sua esposa Miriam, amabilíssiam também e ambos nos ofereceram uma visita, sem saber dos riscos que corriam com aquela turma, eu, Beth e Thereza, minha filha caçula de 7 anos.Após uma conversa muito agradável e alguns quitutes, deixamos a residência com uma convicção:" a natureza humana é fantastica".
    Enfim,queremos os três agradecer a hospitalidade de todos,os comentários aqui feitos também de D. Nina e Viviane,e dizer uma coisa: entrei na família dos Ferolla aos 7 anos com a amizade do meu atual cunhado, Paulo Ferolla e tenho somente uma coisa a dizer:"... são tão mau-carater que acabei me apaixonando por um deles, minha esposa Elizabeth Ferolla que me deu duas descedentes perigosas, Joanna e Thereza.
    Um abraço em todos!!!Bjs.

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