O QUE É ISSO DOUTOR?

Ontem falamos do serviço EXPRESS SEDEX 0800, já implantado com sucesso aqui EMBELISARIO. Hoje criamos um outro serviço. Na sua primeira experiência ele não funcionou.
Trata-se do MEDICAL SERVICE TRANSLATION. É que nos deparamos com uma cena triste e grave na farmácia de Mateus. Uma belisarense, com a filha e o netinho, de apenas 7 meses, tentava, sem sucesso, comprar um remédio para a criança, que apresentava um quadro febril e inflamação na garganta. Motivo: o médico escreveu garranchos na receita, de forma que o farmacêutico não conseguia ler.
Estamos falando do segundo remédio prescrito.  Você consegue entender?  Pois foi por isso que criamos o serviço acima mencionado. Fotografamos a receita (essas fotos que estão postadas) e mandamos para 2 médicas amigas, uma de Salvador, doutora em hepatologia, e professora da Universidade Federal da Bahia e para uma segunda, doutora em geriatria e professora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

Qual não foi a nossa surpresa. Ambas também não conseguiram entender. Pesquisaram na internet remédios que possam ter a grafia parecida com os garranchos do doutor, mas nada conseguiram. A de Salvador até que viu algo parecido, mas era próprio para equinos. Não deve ser esse. Estamos falando de uma medicação para um paciente e não de auto medicação.
Minha gente, isso pode parecer uma brincadeira, mas é muito grave. Ao que tudo indica as  pobres coitadas desceram para Muriaé com o garoto (para quem não sabe o que isso significa, são 35 quilômetros para ir e a mesma distância para voltar, sendo 16 por estrada de terra). Elas não têm carro. Foram de ônibus, gastando 24,00 de passagens, além do transtorno de deslocamento da rodoviária até o Hospital São Paulo.

Eu até que tentei ajudar ainda mais. Liguei para o Pronto Socorro daquele hospital, onde ouvi do servidor Renato aquela tradicional expressão, própria de quando se trata de direitos de uma pessoa pobre: "infelizmente eu nada posso fazer!" Eu queria o telefone de contato com o médico, para lhe mandar a foto por e-mail.
Mesmo assim vamos preservar o profissional. Abaixo apenas o seu nome completo e CRM.


Cabe salientar que o artigo 39  da Resolução nº 1.601/2000 do Conselho Federal de Medicina (CFM)  determina que as receitas médicas sejam escritas por extenso e de forma legível. Também o Código de Ética Médica, em  seu capítulo terceiro, trata da responsabilidade profissional, proibindo o médico de receitar ou atestar de forma ilegível. Muitos são os médicos multados por receitarem de forma ilegível.
Pobre nesse país sofre muito! Isso me revolta uma quantidade...

Comentários

  1. Relmente isso é um absurdo! E como disse na matéria, parece até brincadeira, mas é coisa séria e muito séria mesmo, pois se trata de medicamento e vida humana!!!

    Fico indignado quando deparo com uma prescrição dessas em minha drogaria e quase todas escritas da mesma forma, com uma letra ilegível, salvo lagumas exceções que são raras.
    Será que os "doutores" não sabem escrever ou fazem isso de propósito??? São tantos anos de estudos pra fazer rabiscos??

    Eles pensam que nós, farmacêuticos e balconistas de drogarias somos "obrigados" a desifrar o que eles prescreveram, adivinhar qual é o medicamento, a posologia, etc...
    Acho um abuso estes profissionais fazerem o que fazem com a população.

    É por este motivo que vemos muitos erros de medicação. Medicação trocada, posologia errada e por ai vai...
    Na área da saúde não pode existir "eu acho que é... (é o remédio tal)" ainda mais quando se trata de remédio uma vez que, o que difere medicamento do veneno é a dose!!!! Imagina que prejuizo tanto financeiro quanto de tempo quando se toma remédio errado na hora errada... Isso é um atraso para o reestabelecimento da saúde e tempo de tratamento e a não melhora do quadro clínico!

    Fica aqui o meu manifesto contra esse descaso. O CFM, o CRM deveria agir mais, fiscalizar mais e a população fazer sua parte exigindo dos doutores uma caligrafia mais clara, mais nítida. Se isso não acontecer teremos que conviver com esse(s) problema(s)s por muitos e muitos anos ainda... Infelismente!

    Mateus Lucas de Souza
    Farmacêutico Reponsável da Drogaria Balbino

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  2. Nos revolta a todos. Será que o "infeliz" teria cabeça para entender a gravidade do problema e das aflições que causou? Desculpem, mas
    fico até duvidando da sua sanidade mental ...

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  3. É lógico que é "gozação" do médico ! Só pode ser. Afinal, ele teve
    prova de português (e a grafia tem de ser cali - do grego kállos, bela, perfeita, bonita, elegante, culta) no vestibular. Ou será que não sabia ou não se lembrava do nome do remédio? Pior ainda... incompetente mesmo.

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  4. Nem o sobrenome do paciente se pode ler. Para mim, o assunto é muito grave. O caso deve ser levado à Administração do Hospital São Paulo, à Justiça e ao Conselho Regional de Medicina. Uma coisa dessas revela descaso, e pode ter consequências gravíssimas, com qualquer de nós.

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  5. Um remédio aviado de forma incorreta pode levar à morte.A lei existe e deve ser cumprida: a receita deve estar com letra legível para evitar tais transtornos. Há muito tempo isso me preocupa e, se o assunto foi colocado em pauta, haverá uma discussão em torno dele e, com certeza, vai melhorar. Maria dos Anjos

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  6. Sugiro às pessoas que vão consultar que levem um lápis e no final da consulta peça ao médico que "soletre" o nome do medicamento e ela escreva o mesmo na receita. Creio que agindo assim os transtornos serão menores enquanto as autoridades, na sua morosidade, tomem uma atitude.

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  7. Sugiro às pessoas que vão consultar que levem um lápis e no final da consulta peça ao médico que "soletre" o nome do medicamento e ela escreva o mesmo na receita. Creio que agindo assim os transtornos serão menores enquanto as autoridades, na sua morosidade, tomem uma atitude.

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