CADÊ AS ÁGUAS DE MARÇO


Pois é, o verão terminou às 8 horas e 2 minutos do dia 20 de março.
Para fazer o fechamento dessa estação o maestro Tom Jobim  já 
cantava a presença das águas de março, que também trariam
a "promessa de vida em meu coração". 
Pois em 2013 elas vieram novamente, até de forma impiedosa, 
nas serras de Petrópolis, Teresópolis, Baixada Fluminense, e outras
 regiões mais. Mas por aqui, nenhum aguaceiro exagerado. 
Essa região avistada da "cutieira" deveria estar inundada hoje,
como acontece em anos anteriores.

As quaresmeiras ainda estão por ai. Nem sabem que o coelhinho da Páscoa já foi embora há muito tempo.
A Cachoeira de Belisário até que está fazendo um bom barulho. Dá prá ouvir lá das estrada, de onde Mirian fotografou.

A antiga Fazenda de Tia Mariinha, hoje dos "Toko", também sempre foi área de inundação. 

Lalu conta que há uns 20/30 anos atrás, a estrada Belisário-Limeira ficou fechada nesse local, por mais de 2 meses, em função do alto nível das águas. Também conta-se que Lalu é muito mentiroso.
Esse ano não fechou nenhum dia. O volume de águas está diminuindo? Ou ele apenas está descontrolado, mudando a incidência das chuvas em determinadas regiões? Ou nem isso, essas determinadas regiões é que estão a cada dia menos preparadas para receber chuvas, em função da urbanização descontrolada?

Com a palavra os nossos especialistas, e consultores do EMBELISARIO, Professor Renato Sigiliano, recém eleito Presidente do Instituto Rio Muriaé,  Dr. Dárcio Calais, Professor Cristian... e outros muitos que perseguem esse blog.

Enquanto eles não se manifestam, vamos admirando a nossa bela paisagem.

Comentários

  1. Vou proteger o Tio Lalu Cléber, ele conta muito histórias de Belisário e por incrível que parece sempre tem pessoas para confirmar.. rsrsrsr E pelo que meu pai fala,ele conta muita história,mas mentira o Lalu não é de falar não!!rsrs Parabéns pela matéria !!!

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  2. Querido primo Cléber, es-pe-ta-cu-lar a matéria. Também observo muito estas questões climáticas. Confesso que a minha preocupação vem aumentando. Segundo os cientistas, o aquecimento global acentua os efeitos climáticos. Assim, quando chove, chove muito; o calor e frio são intensos e a seca prolongada. As estações ficam indefinidas. Exatamente como a gente pode observar nos últimos anos. A questão de pouca chuva este ano, segundo os estudiosos, está relacionado ao 'El Nino', fenômeno de alteração da temperatura das águas do Oceano Pacífico, que acaba influenciando no deslocamento das massas de ar quente que descem da Amazônia. No ano passado, choveu muito, mas era a 'El Nina'. É importante frisar a relação que a simples temperatura do Pacífico tem com as chuvas em Belisário e a relação que Belisário tem com o resto do mundo. A máxima ambiental diz 'pensar globalmente e agir localmente'. Assim, precisamos fazer nossa parte, conservando o meio ambiente em nossa região para contribuir para o mundo como um todo. Quando ajudamos a preservar o Parque do Brigadeiro em alguma instância estamos ajudando a preservar a AmazÔnia. Proponho há algum tempo a verdadeira vocação de Belisário e do Parque do Brigadeiro como um todo: 'produtor de água'. Os proprietários rurais desta região precisam ser remunerados pela água que nasce em suas terras, estimulando a preservação das nascentes. Este modelo já tem excelente referecial na cidade de Extrema (MG). Afinal, a água que consumimos na cidade, nasce na roça. Só para registrar, há uma semana estive em Três Marias (MG). É preocupante o nível da represa de Furnas, pelo menos uns três metros a menos do normal para esta época. Por último, o plantio de árvores ajuda a reter água no solo, alimentar lençóis freátivos, climatização e até embelezamento. Plantar árvores, muitas árvores, e preservar as que estão de pé é tudo o que precisamos neste momento. Agradeço o prestígio e parabenizo pela matéria. Apareça pro café. Abraço pra você, beijo na Mirian.

    Renato Sigiliano

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  3. Pretendia escrever ontem mesmo mas o site não se disponibilizou na minha "máquina". Em certo sentido foi até bom porque o Renato Sigiliano esgotou o assunto com rara propriedade. Tanto quanto ele, sou preocupado e atento às mudanças climáticas, e, como ele bem lembrou, já escrevi um artigo lembrando que a Serra do Brigadeiro é uma "produtora" de água. Acho que só posso acrescentar que, mesmo com os satélites meteorológicos e a informática, ainda sabemos pouco com relação aos ciclos climáticos. Somo sempre atentos a um ciclo anual do clima, mas parece que já se identificam ciclos até de 50 anos. Pessoalmente tenho sérias dúvidas sobre a real existência do "aquecimento global" e mais ainda se ele é decorrente do efeito-estufa.
    No mais, parabéns pela matéria e pelas belíssimas fotos da nossa região.

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