ELE NÃO PRECISOU DE COTAS RACIAIS
O Min. Joaquim Barbosa entrou pela porta da frente do STF,
tendo os predicados exigidos para tal, bem diferente de certos elementos que
entraram pelas vias tortuosas da politicagem, carecendo dos devidos predicados,
que estão sentados indevidamente no STF, hoje questionado moralmente.
O Ministro é esquentado, mas qualidades não lhe faltam ...
Joaquim Barbosa nasceu em Paracatu(07/10/1954), noroeste de
Minas Gerais. É o primogênito de oito filhos. Pai pedreiro e mãe dona de casa,
passou a ser arrimo de família quando estes se separaram. Aos 16 anos foi
sozinho para Brasília, arranjou emprego na gráfica do Correio Braziliense e
terminou o segundo grau, sempre estudando em colégio público. Obteve seu
bacharelado em Direito na Universidade de Brasília, onde, em seguida, obteve
seu mestrado em Direito do Estado.
Foi Oficial de Chancelaria do Ministério das Relações
Exteriores (1976-1979), tendo servido na Embaixada do Brasil em Helsinki,
Finlândia e, após, foi advogado do Serviço Federal de Processamento de Dados
(Serpro) (1979-84).
Prestou concurso público para procurador da República, e foi
aprovado. Licenciou-se do cargo e foi estudar na França, por quatro anos, tendo
obtido seu mestrado e doutorado ambos em Direito Público, pela Universidade de
Paris-II (Panthéon-Assas) em 1990 e 1993. Retornou ao cargo de procurador no
Rio de Janeiro e professor concursado da Universidade do Estado do Rio de
Janeiro. Foi visiting scholar no Human Rights Institute da faculdade de direito
da Universidade Columbia em Nova York (1999 a 2000) e na Universidade da
Califórnia Los Angeles School of Law (2002 a 2003). Fez estudos complementares de idiomas
estrangeiros no Brasil, na Inglaterra, nos Estados Unidos, na Áustria e na
Alemanha. É fluente em francês, inglês,
alemão e espanhol. Toca piano e violino
desde os 16 anos de idade.
Mensalão
Assumiu em 2006 a relatoria da denúncia contra os acusados
do mensalão feita pelo Procurador-Geral da República, Antonio Fernando de
Souza. Durante o julgamento defendeu a aceitação das denúncias contra os
quarenta réus do Mensalão, o que foi aceito pelo tribunal. O julgamento
prossegue no Supremo, podendo até reverter o fato histórico de o STF, desde sua
criação em 1824, nunca ter condenado nenhum político.Em artigo comentando o
julgamento, a Revista Veja escreveu: "O Brasil nunca teve um ministro como
ele (…) No julgamento histórico em que o STF pôs os mensaleiros (e o governo e
o PT) no banco dos réus, Joaquim Barbosa foi a estrela – ele, o negro que fala
alemão, o mineiro que dança forró, o juiz que adora história e ternos de Los
Angeles e Paris". Segundo a Veja: "O ministro Joaquim Barbosa,
mineiro de 58 anos, votou em Lula, mas foi implacável na denúncia do mensalão
(…)"Em março de 2011 Barbosa ordenou a quebra do sigilo fiscal dos 38 réus
do mensalão.[9]
Nas 112 votações que o tribunal realizou durante o julgamento,
o voto de Barbosa, como relator do processo, foi seguido pelo de seus pares em
todas as ocasiões – e, em 96 delas, por unanimidade.
No primeiro dia de discussão de mérito do julgamento,
Barbosa pediu a condenação do deputado petista João Paulo Cunha (ex-presidente
da Câmara de Deputados) e do publicitário Marcos Valério, pelos crimes de
peculato, corrupção passiva, lavagem de dinheiro, respectivamente. Ele
acompanhou a tese da Procuradoria Geral da República, que viu provas
suficientes para condenar os dois.
Desde o início do julgamento, para a maioria dos advogados,
o voto de Joaquim Barbosa era considerado “a favor da condenação”. Ele foi o
ministro que demonstrou a menor preocupação com as sustentações orais dos
advogados, sem fazer grandes anotações ou observações durante as alegações das
defesas. “Ele (Barbosa) votou com a faca nos dentes”, disse um dos advogados
dos réus.
Embora se diga que ele é o primeiro negro a ser ministro do
STF, ele foi, na verdade, o terceiro,[5] sendo precedido por Hermenegildo de
Barros (de 1919 a 1937) e Pedro Lessa (de 1907 a 1921).
Luiz Gaya
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