DIRETOR DA ESCOLA ESTADUAL FICA RETIDO NA POLÍCIA

Pediram-me para continuar dando notícias do furto que aconteceu na nossa Escola Estadual ontem, sexta-feira. Pois ai vai:

O diretor da Escola, Professor José Antônio Carneiro compareceu na Delegacia de Muriaé para fazer o Boletim de Ocorrência, e lá ficou de castigo por várias horas. Quanto ao menor infrator, nem me perguntem, esse, à luz da justiça,  não deve nada à sociedade e nesses casos há liberação imediata por força do ECA- Estatuto do Menor e do Adolescente.

De repente o Estado dá a ele até um auxílio para lanche e transporte de retorno para a sua casa.

Quanto ao diretor, el deveria ficar até às 22 horas horas, quando chegaria o escrivão. Como tem endereço certo, não cometeu qualquer crime anteriormente, ou seja, é ficha limpa, foi liberado, com o compromisso de se reapresentar na delegacia na segunda. Geralmente essa liberalidade se dá quando a pessoa tem profissão. Que bom que pelo menos nesse caso a categoria de professor é reconhecida como profissão.

Esse é o nosso Brasil. Há instrumentos jurídicos para proteger infratores, leis específicas para crimes tais como o de homofobia, agressão à mulher, descendentes de índios e de quilombolas, garantindo-se- lhes direitos sobre propriedade de terras, muitas vezes a partir de provas frágeis e inconsistentes.

Mas os nossos ilustres parlamentares e os nossos doutos juristas não garantem ao cidadão comum nada em termos de direito e muito menos àqueles que decidiram militar na área de educação.

Podem apanhar de alunos e de seu familiares, como aconteceu com o diretor anterior da mesma escola, quando pretendeu agir contra esse mesmo menor agora detido. Podem ser desacatados, humilhados, ameaçados, como também aconteceu na mesma escola. Nenhum apoio lhes é dado.
Expulsar um aluno da escola? Nunca o Ministério Público determina o seu retorno imediatamente. Não existe promotoria de justiça para o apoio daqueles que militam em favor do bem.
Não fosse uma intervenção do Conselho Sócio-Econômico de Belisário uma adolescente daqui do Distrito estaria até hoje correndo riscos lá em Muriaé apesar de ter o seu caso submetido à decisão da justiça, onde o seu processo se encontra paralisado. 
Fosse ela um menor infrator...


BRASIL UM PAÍS DE MERDA!